Toby Price vence o primeiro estágio, num dia muito favorável ao trio de ferro da equipe oficial da KTM. Os três pilotos (Price, Walkner e Sunderland) terminaram o dia nas 5 primeiras posições. Kevin Benavides (Honda) em 2º e Lorenzo Santorino (Sherco) em 5º ficaram entre os pilotos da KTM.
Price no começo chegou a ficar na 16ªposição quando Xavier de Soultraid (Yamaha) era o líder, com Franco Caimi (Yamaha) em 2º a 40 segundos do líder, Lorenzo Santolino da Sherco na 3ªposição empatado com Jan Brabec da Strojrent Racing a 50 segundos do líder e Matthias Walkner completava os 5 primeiros. Ricky Brabec não começou nada bem, estava a 13 minutos do líder, na 72ªposição.
De Soultrait liderou por um bom tempo a especial até o km 92, o francês vinha 1 minuto e 5 segundos a frente de Toby Price que estava subindo muito na classificação, 4 segundos a frente de Luciano Benavides da Husqvarna. Muito próximos estavam San Sunderland (KTM), Spyker Howes (KTM) e Franco Caimi (Yamaha) separados por apenas 7 segundos.
Price assumiu a liderança a partir do 4ªponto de cronometragem após superar de Soultrait em 38 segundos, o piloto da Yamaha vinha 7 segundos a frente de Kevin Benavides da Honda, o único piloto da marca que vinha se dando bem. Os outros pilotos da Honda não vinham nada bem. Jose Ignacio Cornejo Florimo na 23ªposição, Joan Barreda Bort em 30ª e Ricky Brabec na 37ªposição. San Sunderland e Luciano Benavides completavam os 5 primeiros colocados. O checo Michek Martin Moto Racing Group (MRG) estava tendo um belo destaque, na 10ªposição e a frente de muitos pilotos de ponta.
No terço final, Toby Price manteve a liderança com tranquilidade até o ponto final da especial. O Bi-campeão do Dakar ganhou a primeira especial, com 35 segundos de vantagem para o argentino Kevin Benavides da Honda e para o Austríaco Matthias Walkner da KTM, ambos empatados na segunda posição. San Sunderland completou o trio de ferro da KTM oficial ao chegar a 4ªposição e o espanhol Lorenzo Santolino fez uma bela especial, colocando a moto da Sherco TVS em uma excelente 5ªposição. Superando em 9 segundos ao francês Xavier de Soultrait que começou muito bem, mas acabou perdendo terreno na parte final.
Franco Caimi levou a segunda Yamaha até a 7ªposição, Completando os 10 primeiros colocados: Spyler Howes (Bas Dakar KTM), Luciano Benavides (Husqvarna) e Michek Martin (MRG).
Muitos dos considerados favoritos não se deram bem no dia de hoje. Jose Ignacio Cornejo Florimo ficou na 16ªposição a 12 minutos do vencedor. Já Joan Barreda Bort ficou na 20ªposição e apesar da recuperação que fez, Ricky Brabec acabou ficando na 24ªposição, 18 minutos atrás de Toby Price. Barreda Bort e Brabec acabaram perdendo tempo por erros de navegação, mas não foi só o trio da Honda que ficou a ver navios nesse dia. O Chileno Pablo Quintanilla ficou longe de Price, líder da Husqvarna terminou o dia na 22ªposição. Daniel Sanders que foi muito bem na prologo acabou ficando na 25ªposição.
Quadriciclos:
Tivemos a vitória de Alexandre Giroud que já se coloca como um dos principais favoritos ao título dos quadriciclos. 2 minutos e 56 segundos depois ficou Giovanni Enrico, o chileno que substitui Ignazio Casale no legado de vitórias na categoria ficou na segunda posição. Completando os 5 primeiros, os argentinos Pablo Copetti da Berta, Nicolas Cavigliasso da Drag’on Rally Team e Miguel Andujar da 7240 Team.
Carros:
O Campeão do ano passado Carlos Sainz venceu a primeira especial do Dakar 2021, em uma disputa apertada com o Multicampeão Stephan Peterhansel que chegou a 22 segundos atrás.
Nos primeiros 37 km, Vaidolas Zala saiu na frente, com 28 segundos de frente para o sul-africano Giniel de Villiers. Sainz e Peterhansel estavam empatados em 3º com 1 minuto e 4 segundos atrás de Zala. Os dois pilotos da Mini desde do começo travaram um duelo particular nessa especial. Sheikh Al Qassimi com o seu carro da Peugeot vinha em 5º e o Argentino Orlando Terranova da Mini na 6ªposição. Przygonski, Prokop, Krotov e Van Loon completavam os 10 primeiros colocados.
Zala resistiu na liderança no segundo estágio (71 km), mas no km 92, Sainz passou para a liderança, com 32 segundos a frente de Peterhansel que passou 1 segundo a frente de Zala que continuava a seguir os 2 lendários pilotos. Depois dos três pilotos da Mini, vinha o Ford do checo Martin Prokop a 2:21 atrás de Sainz. Al Qassimi continuava bem colocado com seu Pegueot, na 5ªposição, a frente de Erik van Loon, primeiro piloto da Toyota naquele momento de especial.
Nasser Al-Attiyah não vinha tão longe de Sainz e Peterhansel no tempo (5 minutos atrás), mas vinha na 13ªposição. Nani Roma já vinha um pouco mais atrás, com quase 7 minutos de atraso e na 18ªposição.
No km 135, Stephan Peterhansel estava 7 segundos a frente de Sainz, liderando a especial. Os dois continuavam seu duelo particular pela liderança e pela vitória. Zala já vinha 1 minuto atrás, numa sólida 3ªposição, com uma boa vantagem para Martin Prokop da Ford e Giniel de Villiers da Toyota.
Na parte final da especial, Zala acabou com problemas e foi para a parte de trás e ficou de fora da disputa pelo pódio. Já por sua vez, Sainz conseguiu reverter uma desvantagem de 3 minutos e 44 segundos sobre Peterhansel (que liderou no penúltimo posto de cronometragem) e acabou conquistando a vitória na especial por 22 segundos de frente para Peterhansel e passou a liderança do Dakar, 5 segundos a frente do seu grande rival Peterhansel.
Martin Prokop levou o seu Ford a ficar em uma brilhante 3ªposição, com 4 minutos e 42 segundos atrás do vencedor. O piloto tcheco não tomou conhecimento dos demais pilotos e acabou ficando a mais de 2 minutos a frente do francês Mathieu Serradori da Century. Completando os 5 primeiros colocados ficou o Sheikh Khalid Al Qassimi com seu Pegueot.
Nani Roma levou o carro da Hunter a uma competente 6ªposição após ter ficado muito longe das primeiras posições. Só ai apareceu o primeiro piloto com um carro da Toyota, o polonês Jakub Przygonski na 7ªposição. Já o principal piloto da marca japonês Nasser Al Attiyah ficou na 10ªposição, 12 minutos e 30 segundos atrás de Sainz. Giniel de Villiers e Yasir Seaidan acabaram a frente do Qatari.
Veículos Leves
No estágio inicial dos veículos leves, tivemos vitória feminina, A espanhola Cristina Gutierrez Herrero da equipe Red Bull Off-Road ganhou com autoridade a especial, colocando quase 7 minutos em um dos favoritos ao título, Austin Jones da CAN-AM. O Chileno Francisco Lopez Contardo chegou em 3ºlugar ficando a 7 segundos a frente de Adam Donzala da Polônia e 12 segundos a frente de Reinaldo Varela, o brasileiro completou os 5 primeiros colocados.
Dos 10 primeiros colocados, 8 deles foram SXS e 2 foram da categoria de veículos leves, porém, a vantagem até agora tem sido da minoria sobre a maioria dos pilotos dessa categoria combinada e fundida.
Caminhões:
Na categoria dos veículos pesados, após uma disputa bem disputada a vitória acabou nas mãos de Dmitry Sotnikov da Kamaz, uma vitória conquistada no terço final de especial para o russo que viu alguns pilotos liderando a especial que acabou nas mãos de Sotnikov. Ales Loprais da Instaforex terminou em segundo, mas ficou a 8 minutos do trio vencedor do dia. Anton Shibalov chegou em 3º, perto de Loprais, apenas 12 segundos sobre o tcheco.
O vencedor do prologo Siarhei Viazovich da Maz e Martin Macik da Iveco completaram os 5 primeiros colocados. Multicampeão dos quadriciclos, Ignacio Casale acabou o dia em uma ótima sexta posição com seu caminhão da Tatra. Os 6 primeiros colocados da especial são os 6 primeiros colocados na geral.
Fotos:
Resultado da 1ªespecial do Dakar 2021 277 km – Jeddah até Bisha.
Motos:
pos
nº
Piloto
País
Moto
Equipe
Tempo/diferença
Penality
1
3
Toby Price
Austrália
KTM
Red Bull KTM Factory Team
03h 17′ 49”
2
47
Kevin Benavides
Argentina
Honda
Monster Energy Honda Team 2021
+ 00h 00′ 35”
3
52
Matthias Walkner
Áustria
KTM
Red Bull KTM Factory Team
+ 00h 00′ 35”
4
5
Sam Sunderland
Inglaterra
KTM
Red Bull KTM Factory Team
+ 00h 02′ 03”
5
15
Lorenzo Santolino
Espanha
Sherco TVS
Sherco TVS Rally Factory
+ 00h 04′ 25”
6
12
Xavier de Soultrait
França
Husqvarna
HT Rally Raid Husqvarna Racing
+ 00h 04′ 34”
7
6
Franco Caimi
Argentina
Yamaha
Monster Energy Yamaha Rally Team
+ 00h 04′ 47”
8
9
Skyler Howes
Estados Unidos
KTM
BAS Dakar KTM Racing Team
+ 00h 05′ 31”
9
77
Luciano Benavides
Argentina
Husqvarna
Rockstar Energy Husqvarna Factory Racing
+ 00h 07′ 39”
00h 01′ 00”
10
31
Michek Martin
Rep. Tcheca
KTM
Moto Racing Group (MRG)
+ 00h 07′ 58”
11
87
Oriol Mena
Espanha
Rieju
FN Speed – Rieju Team
+ 00h 08′ 16”
12
7
Andrew Short
Estados Unidos
Yamaha
Monster Energy Yamaha Rally Team
+ 00h 08′ 52”
13
42
Adrien van Beveren
França
Yamaha
Monster Energy Yamaha Rally Team
+ 00h 09′ 33”
14
18
Ross Branch
Botswana
Yamaha
Monster Energy Yamaha Rally Team
+ 00h 09′ 36”
15
11
Stefan Svitko
Eslováquia
KTM
Slovnaft Rally Team
+ 00h 09′ 45”
16
4
Jose Ignacio Cornejo Florimo
Chile
Honda
Monster Energy Honda Team 2021
+ 00h 12′ 25”
17
17
Juan Pedrero Garcia
Espanha
KTM
FN Speed – Rieju Team
+ 00h 12′ 32”
18
22
Maciej Giemza
Polônia
Husqvarna
Orlen Team
+ 00h 13′ 06”
19
68
Jamie McCanney
Inglaterra
Yamaha
Monster Energy Yamaha Rally Team
+ 00h 14′ 34”
20
88
Joan Barreda Boat
Espanha
Honda
Monster Energy Honda Team 2021
+ 00h 15′ 25”
21
20
Adam Tomiczek
Polônia
Husqvarna
Orlen Team
+ 00h 15′ 34”
22
2
Pablo Quintanilla
Chile
Husqvarna
Rockstar Energy Husqvarna Factory Racing
+ 00h 15′ 35”
23
27
Joaquim Rodrigues
Portugal
Hero
Hero Motosports Team Rally
+ 00h 16′ 30”
24
1
Ricky Brabec
Estados Unidos
Honda
Monster Energy Honda Team 2021
+ 00h 18′ 17”
25
21
Daniel Sanders
Austrália
KTM
KTM Factory Team
+ 00h 19′ 37”
00h 07′ 00”
26
32
Tosha Schareina
Espanha
KTM
FN Speed – KTM Team
+ 00h 24′ 54”
27
19
Rui Jorge Goncalves Dias
Portugal
Sherco TVS
Sherco TVS Rally Factory
+ 00h 26′ 14”
28
36
Jan Brabec
Rep. Tcheca
KTM
Strojrent Racing
+ 00h 27′ 04”
29
24
Sebastian Bülher
Alemanha
Hero
Hero Motosports Team Rally
+ 00h 31′ 58”
30
26
Milan Engel
Rep. Tcheca
KTM
Moto Racing Group (MRG)
+ 00h 34′ 59”
31
33
Noah Koitha Veettil Harith
Índia
Sherco TVS
Sherco TVS Rally Factory
+ 00h 35′ 55”
32
74
Jaume Betriu
Espanha
KTM
FN Speed – KTM Team
+ 00h 37′ 39”
33
44
Laia Sanz
Espanha
Gas Gas
Gas Gas Factory Team
+ 00h 39′ 50”
00h 03′ 00”
34
29
Emanuel Gyenes
Romenia
KTM
Autonet Motorcycle Team
+ 00h 41′ 56”
35
80
Michael Burgess
Austrália
KTM
BAS Dakar KTM Racing Team
+ 00h 43′ 07”
00h 05′ 00”
36
101
David Knight
Inglaterra
Husqvarna
HT Rally Raid Husqvarna Racing
+ 00h 44′ 34”
00h 01′ 00”
37
142
Maurizio Gerini
Itália
Husqvarna
Solarys Racing
+ 00h 44′ 50”
00h 01′ 00”
38
37
David Pabiska
Rep. Tcheca
KTM
Jantar Team
+ 00h 45′ 39”
39
30
Arunas Gelazninkas
Lituânia
KTM
Zigmas Dakar Team
+ 00h 45′ 46”
40
41
Zaker Yakp
China
KTM
Wu Pa Da Hai Dad dakar Rally Team
+ 00h 47′ 05”
41
39
Benjamin Melot
França
KTM
Benjamin Melot
+ 00h 48′ 15”
42
50
Santosh C. S.
Índia
Hero
Hero Motosports Team Rally
+ 00h 49′ 55”
43
76
Roman Krejci
Rep. Tcheca
KTM
Bo!Beton Team
+ 00h 50′ 44”
44
95
Xavier Filck
França
Husqvarna
Xtrem Racing
+ 00h 51′ 31”
45
63
Konrad Dabrowski
Polônia
KTM
Duust Rally Team
+ 00h 54′ 26”
46
25
Paul Spierings
Holanda
Husqvarna
HT Rally Raid Husqvarna Racing
+ 00h 55′ 11”
47
48
Mathieu Doveze
França
KTM
Nomade Racing Assistance
+ 00h 57′ 18”
48
53
Libor Podmol
Rep. Tcheca
Husqvarna
Podmol Dakar Team
+ 00h 59′ 55”
00h 06′ 00”
49
108
Marc Calmet
Espanha
KTM
FN Speed – Rieju Team
+ 01h 09′ 38”
50
46
Simon Marcic
Eslováquia
Husqvarna
Marcic
+ 01h 10′ 02”
Quadriciclos:
pos
nº
Piloto
País
Quadriciclo
Equipe
tempo
1
152
Alexandre Giroud
França
Yamaha
Team Giroud
04h 01′ 08”
2
159
Giovanni Enrico
Chile
Yamaha
Enrico Racing Team
+ 00h 02′ 56”
3
163
Pablo Copetti
Estados Unidos
Yamaha
MX Devesa by Berta
+ 00h 04′ 46”
4
150
Nicolas Cavigliasso
Argentina
Yamaha
Dragon Rally Team
+ 00h 04′ 51”
5
154
Manuel Andujar
Argentina
Yamaha
7240 Team
+ 00h 05′ 44”
6
153
Tomas Kubiena
Rep.Tcheca
Yamaha
Story Racing S.R.O.
+ 00h 09′ 20”
7
157
Romain Dutu
França
Yamaha
SMX Racing
+ 00h 16′ 22”
8
155
Kamil Wisniewski
Polônia
Yamaha
Orlen Team
+ 00h 19′ 30”
9
168
Italo Pedemonte
Chile
Yamaha
Enrico Racing Team
+ 00h 22′ 57”
10
174
Toni Vingut
Espanha
Yamaha
Visit Sant Antoni – Ibiza
+ 00h 29′ 48”
Carros:
pos
nº
Piloto/CoPiloto
País
Carro/Equipe
tempo
PENALITY
1
300
Carlos Sainz
Espanha
Mini
03h 05′ 00”
Lucas Cruz
Espanha
X-Raid Mini JCW Team
2
302
Stéphane Peterhansel
França
Mini
+ 00h 00′ 22”
Edouard Boulanger
França
X-Raid Mini JCW Team
3
312
Martin Prokop
República Tcheca
Ford
+ 00h 04′ 42”
Viktor Chytka
República Tcheca
Orlen Benzina Team
4
308
Mathieu Serradori
França
Century
+ 00h 06′ 54”
Fabian Lurquin
Bélgica
SRT Racing
5
310
Sheikh Khalid Al Qassimi
EAU
Peugeot
+ 00h 08′ 34”
Xavier Panseri
França
Abu Dhabi Racing
6
311
Nani Roma
Espanha
Hunter
+ 00h 09′ 34”
Alexandre Winocq
França
Bahrein Raid Xtreme
7
307
Jakub Przygonski
Polônia
Toyota
+ 00h 09′ 42”
Timo Gottschalk
Alemanha
Overdrive Toyota
8
304
Giniel de Villiers
África do Sul
Toyota
+ 00h 09′ 57”
Alex Haro Bravo
Espanha
Toyota Gazoo Racing
9
316
Yasir Seaidan
Arábia Saudita
Century
+ 00h 10′ 10”
Alexey Kuzmich
Rússia
SRT Racing
10
301
Nasserr Al-Attiyah
Qatar
Toyota
+ 00h 12′ 30”
Matthieu Baumel
França
Toyota Gazoo Racing
11
358
Marcelo Tiglia Gastaldi
Brasil
Century
+ 00h 14′ 50”
Lourival Roldan
Brasil
Century Racing
12
330
Shameer Variawa
África do Sul
Toyota
+ 00h 15′ 18”
Dennis Murphy
África do Sul
Toyota Gazoo South Africa
13
319
Jérome Pélichet
França
Optimus
+ 00h 17′ 01”
Pascal Labroque
França
Raidlynx
14
352
Guoyu Zhang
China
BAIC
+ 00h 18′ 31”
He Sha
China
BAIC DRV
15
332
Henk Lategan
África do Sul
Toyota
+ 00h 18′ 44”
Brett Cummings
África do Sul
Toyota Gazoo Racing
16
314
Cyril Despres
França
Pegueot
+ 00h 20′ 04”
Mike Horn
Suíça
Abu Dhabi Racing
17
303
Yazeed al Rajhi
Arábia Saudita
Toyota
+ 00h 20′ 16”
Dirk von Zitzewitz
Alemanha
Overdrive Toyota
18
305
Sebastien Loeb
França
Hunter
+ 00h 22′ 46”
Daniel Elena
Mônaco
Bahrein Raid Xtreme
19
309
Orlando Terranova
Argentina
Mini
+ 00h 23′ 08”
Bernardo Graue
Argentina
X-Raid Mini JCW Team
20
306
Bernhard ten Brinke
Holanda
Toyota
+ 00h 23′ 13”
Tom Colsoul
Holanda
Overdrive Toyota
21
339
Brian Baragwanath
África do Sul
Century
+ 00h 23′ 46”
Taye Perry
África do Sul
Century Racing
22
328
Miroslav Zapletal
República Tcheca
Ford
+ 00h 23′ 54”
Marek Sýkora
Eslováquia
Offroadsport
23
318
Wei Han
China
2WD
+ 00h 25′ 31”
Min Liao
China
Quzhou Motorsport City Team
24
343
Yangui Liu
China
BAIC
+ 00h 25′ 50”
Hongyu Pan
China
BAIC DRV
25
326
Christian Lavieille
França
Optimus
+ 00h 28′ 48”
Jean-Pierre Garcin
França
MD RallyE Sport
26
341
Michael Pisano
França
Optimus
+ 00h 28′ 59”
Max Delfino
França
MD RallyE Sport
27
321
Dominque Housieaux
França
Optimus
+ 00h 29′ 14”
Simon Vitse
França
MD RallyE Sport
28
317
Vladimir Vasilyev
Rússia
BMW
+ 00h 29′ 34”
Dmitro Tsyro
Ucrania
X-Raid Mini JCW Team
29
335
Guilherme Spinelli
Brasil
Mini
+ 00h 36′ 30”
Youssef Haddad
Brasil
X-Raid Mini JCW Rally Team
30
327
Isidre Esteve Pujol
Espanha
Toyota
+ 00h 37′ 40”
Txema Villalobos
Espanha
Repsol Rally Team
Veículos Leves:
pos
nº
Piloto/CoPiloto/Mecânico
País
Caminhão/Equipe
tempo
1
387
Cristina Gutierrez Herrero
Espanha
RED BULL OFF-ROAD TEAM USA
03h 35′ 56”
Francois Cazalet
França
RED BULL OFF-ROAD TEAM USA
2
408
Austin Jones
Estados Unidos
CAN-AM
+ 00h 06′ 59”
Gustavo Gugelmin
Brasil
Monster Energy CAN-AM
3
401
Francisco Lopez Contardo
Chile
CAN-AM
+ 00h 07′ 36”
Juan Pablo Latrach Vinagre
Chile
South Racing CAN-AM
4
406
Aron Donzala
Polônia
CAN-AM
+ 00h 07′ 43”
Maciej Marton
Polônia
Monster Energy CAN-AM
5
404
Reinaldo Varela
Brasil
CAN-AM
+ 00h 07′ 48”
Maykel Justo
Brasil
Monster Energy CAN-AM
6
405
Gerard Farres Guell
Espanha
CAN-AM
+ 00h 09′ 16”
Armand Monleon
Espanha
Monster Energy CAN-AM
7
400
Sergei Kariakin
Rússia
SNAG RACING TEAM
+ 00h 10′ 16”
Anton Vlasiuk
Rússia
SNAG RACING TEAM
8
403
Jose Antonio Hinojo Lopez
Espanha
CAN-AM
+ 00h 12′ 09”
Diego Ortega Gil
Espanha
Hibor Raid
9
410
Santiago Navarro
Espanha
CAN-AM
+ 00h 17′ 44”
Marc Sola Terradellas
Espanha
FN Speed Team
10
383
Seth Quintero
Estados Unidos
DT3
+ 00h 20′ 47”
Dennis Zenz
Estados Unidos
Red Bull Off-Road Team USA
Caminhões:
pos
nº
Piloto/CoPiloto/Mecânico
País
Caminhão/Equipe
tempo
1
507
Dmitry Sotnikov
Rússia
Kamaz
03h 16′ 47”
Ruslan Akhmadeev
Rússia
Kamaz-Master
Ilgiz Akhmetzianov
Rússia
2
504
Ales Loprais
Rep.Tcheca
Praga
+ 00h 08′ 00”
Petr Pokdra
Rep.Tcheca
Instaforex Loprais Praga
Khalid Alkendi
EAU
3
501
Anton Shibalov
Rússia
Kamaz
+ 00h 08′ 12”
Dmitri Nikitin
Rússia
Kamaz-Master
Ivan Tatarinov
Rússia
4
502
Siarhei Viazovich
Bielorrússia
Maz.
+ 00h 11′ 14”
Pavel Nikitin
Bielorrússia
MAz-Sportauto
Anton Zaparoshchanka
Bielorrússia
5
503
Martin Macik
Rep.Tcheca
IVECO
+ 00h 13′ 05”
Frantisek Tomasek
Rep.Tcheca
Big Shock Racing
David Svanda
Rep.Tcheca
6
517
Ignacio Casale
Chile
Tatra
+ 00h 14′ 15”
Alvaro Leon
Chile
Tatra Buggyra Racing
Petr Capka
Rep.Tcheca
7
518
Jaroslav Valtr
Rep.Tcheca
IVECO
+ 00h 16′ 25”
Radim Kaplanek
Rep.Tcheca
Valtr Racing Team
Jaroslav Miskolci
Eslovaquia
8
506
Martin van den Brink
Holanda
Renault Trucks
+ 00h 22′ 06”
Wouter de Graaff
Holanda
Daniel Kozlovsky
Rep.Tcheca
9
514
Martin Soltys
Rep.Tcheca
Tatra
+ 00h 23′ 14”
David Schovanek
Rep.Tcheca
Tatra Buggyra Racing
Tomas Sikola
Rep.Tcheca
10
509
Airat Mardeev
Rússia
Kamaz
+ 00h 25′ 58”
Dimtriy Svistunov
Rússia
Kamaz-Master
Akhmet Galiaudtinov
Rússia
11
519
Maurik van den Heuvel
Holanda
International
+ 00h 35′ 15”
Wilko van Dort
Holanda
Dakarspeed
Martijn van Roou
Holanda
12
520
Jan Tomanek
Rep.Tcheca
Tatra
+ 00h 45′ 00”
Tomas Kasparek
Rep.Tcheca
Instaforex Loprais Praga
Jiri Stross
Rep.Tcheca
Texto: Deivison da Conceição da Silva Fotos: Dakar
A Partir de hoje, Começamos um grande especial sobre uma das maiores marca do mundo do esporte a motor. Um sonho de um japonês que hoje é uma marca com mais de 70 anos de História. Vamos contar a história e a odisseia de Soichiro Honda e da sua marca através da História e das principais competições mundiais.
Nesse primeiro Capítulo contaremos a história do começo da Honda, Desde do começo de Soichiro na Art Shokai até a criação das primeiras motos da Honda. Isso, passando pela 2ªGuerra Mundial.
Capitulo 1
A mais de 70 anos, A marca criada por Soichiro Honda é uma das maiores construtoras do mundo automotivo e do Motociclismo mundial. O Sonho de um Japonês, que enraizou no começo do Século XX e até os dias de hoje. Tanto em termos de carros e principalmente nas duas Rodas.
O criador da Honda, Soichiro Honda nasceu no ano de 17 de Novembro de 1908, na cidade de Hamamatsu. O Começo da trajetória de Soichiro foi nos anos 20, Com 15 anos de idade, Ele se juntou a empresa Art Shokai como aprendiz na área de Yushim em Hongo, Na cidade de Tokyo. O pagamento de Honda era uma pensão, Um alojamento e uma pequena quantia em dinheiro, Mas não recebiam um salário real.
Honda era um entusiasma do trabalho árduo, uma apreciação rápida da improvisação, Pensar pela sua própria cabeça, A capacidade de ter novas ideias e uma boa sensação nas maquinas. O dono da Art Shokai, Yuzo Sakakibara, logo percebeu as qualidade de Soichiro e começou a notar o jovem promissor funcionário.
Yuzo ensinou a Honda o trabalho de conserto, A lidar com os clientes e a importância de se orgulhar da capacidade técnica. Sakakibara foi um professor ideal para Honda. Tanto é que ao perguntarem quem Honda respeitava mais, Ele sempre mencionava Yuzo Sakakibara.
O Antigo Chefe de Soichiro Honda incentivou o jovem a se
interessar pelo mundo dos esportes a motor. As competições começaram com as
corridas de motociclismo, Mas logo evoluíram para as corridas de carros, que se
tornaram populares na década de 1920. Graças as revistas especializadas em
automóveis, Não só Honda como os Fãs do Automobilístico nipônico sabiam dos
maiores eventos como o Troféu da Ilha de Man (TT), As corridas do Grande
Prêmio, 24 Horas de Le Mans e as 500 Milhas de Indianapolis.
Em 1923, A Art Shokai começou a fazer carros de corrida sob
a Liderança de Yuzo Sakakibara, Com a ajuda de Shin’ichi Sakakibara (Irmão de
Yuzo) e alguns outros estudantes. O primeiro modelo foi o “ART” Daimler,
equipado com um motor de segunda mão. O seguinte foi o “Curtiss”, Esse carro
esta no Salão de Coleções da Honda. Era outro carro com motor de segunda mão.
Soichiro estava interessado em ajudar no desenvolvimento do carro e na
fabricação de peças de reposição, tendo o incentivo pelo Sakakibara.
No dia 23 de Novembro de 1924, O Curtiss participou da 1ªcorrida, E obteve vitória no 5º Concurso de automóveis com Shin’ichi Sakakibara como piloto e Soichiro Honda como engenheiro. Essa experiência fez com que Honda não perdesse o entusiasmo pelo esporte a Motor. Ele foi chamado para o serviço militar e depois de ser considerado daltônico ele foi dispensado temporariamente das forças armadas.
Em 1928, Honda abre uma filial da ART Shokai, Devido ao sua
capacidade de consertar maquinas como a sua capacidade como inventor é que ele
ganhou o apelido de “Thomas Edson de Hamamatsu” também pela sua genialidade nas
invenções e pelo seu enorme talento na engenharia. Sua esposa, Sachi, casada
com Soichiro em outubro de 1935, se juntou para administrar o negócio,
Preparando refeições para os empregados e ajudando na contabilidade da empresa.
Honda acabou sofrendo um acidente no comando do “Hamamatsu”
na corrida de abertura na primeira pista do Japão, No circuito de Tamagawa.
Apesar de Soichiro não ter se machucado seriamente, Seu irmão mais novo e mecânico
Benjiro Honda se machucou Seriamente, fraturando a sua espinha. Soichiro
terminou sua carreira como piloto no final de 1936.
Em 1937, Honda cansado de fazer o trabalho de reparo na ART Shokai e começou a planejar que a filial de Hamamatsu se transformasse em uma empresa separada, Isso foi rejeitada pela Empresa, que não via a necessidade de se envolver em um novo empreendimento desnecessário. Honda não desistiu e acabou se juntando ao seu chara Soichiro Sato para criar a “Tokai Seiri Heavy Industries” para desenvolver anéis para pistões. Ele trabalhava na empresa depois do seu expediente na ART. Mesmo com 2 anos de estudos no Instituto Industrial de Hamamatsu (Hoje é a Faculdade de Energia de Hamamatsu) o projeto dos anéis tinham problemas. Em uma encomenda feita pela Toyota, dos 50 jogos de anéis encomendados apenas 3 passaram pelo controle da fábrica. Isso acabou levando Soichiro a fazer mais dois anos de estudos para aperfeiçoar os jogos de anéis, Para finalmente conseguir atender as exigências da Toyota em 1941. No Auge da empresa, A Tokai empregou mais de 2.000 pessoas.
No mesmo ano, O Japão entra definitivamente a 2ªGrande
Guerra Mundial, Após o ataque nipônico a Pearl Harbour. A Empresa de Honda
passou a ser controlada pelo Lastimável Ministério das Munições. Soichiro,
ainda por cima, foi rebaixado para diretor executivo e todos os seus empregados
Homens foram para a linha de combate. Com isso, A Empresa teve que ser operada
por Mulheres e Crianças que trabalhavam de forma forçada pelo Ministério.
Soichiro colaborou involuntariamente com o Governo através de suas invenções.
Japão acabou sendo o último dos países do eixo do mal a ser
derrotado, saindo da 2ªGrande Guerra como um país arrasado e destruído pela
bomba atômica, lançada pelos Estados Unidos em cima de Hiroshima e Nagasaki
acabou sacramentando a devastadora situação do país.
1 ano depois, Soichiro Honda, Em busca de reerguer sua
empresa, vai visitar seu amigo, Kenzaburo Inakai, Antigo dono de uma frota de
taxi e cliente de Soichiro nos tempos da ART Shokai. Durante essa visita, Honda
se interessou em um motor de Radiotransmissor número 6 do Exercito Imperial
Japonês, Que ficou inutilizado depois do final da Guerra.
Vendo o motor, Honda teve a ideia de acorpar esse motor a
uma bicicleta. A Situação do País era bem precária, O poder aquisitivo do
cidadão era bem reduzido e só permitia o transporte e a mobilidade ou a pé ou
de Bicicléta. Com sua capacidade e conhecimento técnico, Soichiro viu nessa
ideia uma possibilidade de transporte individual para a população Japonesa.
No dia 1º de Setembro de 1946 foi criada uma bicicleta com
motor de 50 cc e 2 tempos, Esse foi o embrião para a Honda Motor Company, A
maior fabricante de motos atualmente.
Em Novembro de 1947, A Honda lançou ao Mundo o seu primeiro modelo: A Honda A Type
Honda A-Type
Produção
1947 a 1951
Motor
Motor Dois Tempos, Refrigerado a ar e Único Cilindro / 50 cc
Potência
1 Cavalo a 5.000 RPM
Transmissão
1 Marcha
Peso
10 kg
Capacidade de Combustivel
3,2 Litros
A A Type, foi um modelo que lembrava muito mais uma bicicleta do que uma moto em Si, O Tanque de Combustível era na frente, em Formato de bolha, O Honda A-Type foi projetado para a adoção de uma Fundição Injetada. As vantagens principais eram não produção de cavacos, Redução do número de peças para a produção e do processo de produção. Por outro lado, Iria exigir um investimento enorme para a época e teria que fazer em produção em Massa. (Que era mais eficaz) era exatamente ao contraio do que era a Honda, Uma fabrica de pequeno porte, Mas adotaram a produção.
A Honda A-Type funcionou muito bem, Teve poucas falhas, tiveram preocupação em com a segurança ao posicionar o tubo de escape de alta temperatura para a parte de baixo, Mesmo com as porcas soltando (Na época as porcas eram bem frágeis e se soltavam com frequência) Foram introduzidas varias ideias para não ocorressem grandes problemas , Foi projetado para permitir Desmontagem e remontagem sem necessidade de ferramentas especiais. A Aceitação dos motores Honda A-Type era grande nas lojas de Bicicletas. O motor foi produzido até o ano de 1951.
Honda Cub F
Produção
1952 a 1954
Motor
Motor 2 tempos/Cilíndro único com 50 cv
Potência
1 Cavalo a 3.600 RPM
Torque
1.4 ibf-ft (2.0 N-m)
Tipo de Ignição
Magneto
Transmissão
1 marcha
Peso
7 kg
Capacidade de Combustivel
3.2 litros
O Sucessor do A-Type, Foi o motor Auxiliar “Cub F-Type” que
foi projetado para ser mais fácil de ser manuseado e mais durável, Mesmo com o
seu custo de 25 mil ienes (3 meses de Salário mínimo médio no Japão) Os motores
Honda eram bem confiáveis e sua qualidade compensava o preço mais elevado. O
motor foi um sucesso, Foram vendidos 25 mil unidades no ano de lançamento. O
motor foi produzido até o ano de 1954.
Honda D-Type foi a primeira moto produzida pela Honda. O D
da Moto representavam Dream (Sonho) O Sonho de Soichiro Honda começava a sair
do papel. A moto era leve, com 80 kg de peso, Seu motor era um motor 2 tempos,
Refrigerado a Ar, Com 98cc e potência de 3 cavalos a 5000 RPM. Havia um
aprimoramento em seu design, Apesar de leve, Foi um modelo mais robusto e mais
com cara de uma moto.
Transmissão com 2 velocidades, Semiautomática que estavam integrados com a embreagem e ao pedal da engrenagem. Com Freios dianteiros e traseiros, com a Roda Traseira foi introduzida uma corrente ao invés do cinto. A D-Type é a primeira Honda sem pedais de bicicleta.
Honda D-Type
Produção
1949 até 1951
Motor
Motor 2 tempos/2 Cilindros e 98cc
Potência
3 Cavalos a 5.000 RPM
Torque
3.15 lb.ft (4.27 N.m)
Tipo de Ignição
Magneto com Kick Start
Transmissão
2 marchas
Tipo de Moldura
Aço Prensado
Suspensão Dianteira
Telescópica
Suspensão Traseira
Rígida
Freios
A Tambor
Pneu dianteiro
2 x 3
Pneu Traseiro
2 x 3
Comprimento
2.070 mm
Largura
740 mm
Altura
970 mm
Peso
80 kg (180 lb) – Sem combustivel e sem motorciclista
Capacidade de Combustivel
7 litros
O Chassi da D-Type foi feita por folhas de aço, Que foram moldadas. O Design era influenciado pelas motocicletas Alemãs BMW R11 e R16. As vendas foram boas inicialmente, Mas os problemas de recessão e a desonestidade dos distribuidores, que vinham vendendo os motores D-Type nos quadros da Kitagawa, fizeram que o Novo diretor administrativo da Honda, Takeo Fujisawa, A obrigar os distribuidores Honda a venderem somente produtos da marca e não poderiam montar motores Honda em quadros de outros fabricantes. Isso rendeu a perda de alguns distribuidores, mas abriu novas portas para a empresa.
Quando a guerra da Coréia se intensificou em 25 de Junho de 1950, as compras de aquisições dos militares dos Estados Unidos impulsionaram a economia da Honda. No outuno de 1950, a empresa comprou uma antiga fábrica de máquinas de costura e a transformou em uma fábrica para a produção do Modelo D-Type. A Honda recebeu um subsídio da Industria de bicicletas de 400.000 do ministério do Comércio Internacional e Indústria no Japão. E mais um acréscimos de 100.000 Ienes. Isso permite à Honda a aumentar sua produção para até 300 unidades da D-Type, Até o final de 1950 a produção da D-Type foi de mais de 3.500 unidades.
A Partir de 1951, As vendas da D-Type começaram a desacelerar, A Honda tinha alguns problemas, A Transmissão exigia que o usuário mantivesse pressão constante no pedal do câmbio enquanto dirigia, Ou entrava em ponto morto a transmissão. Takeo Fujisawa disse a Soichiro Honda, que a motocicleta não estava vendendo bem porque o motor de dois tempos estavam fazendo ruídos desagradáveis e agudos. A Honda pegou esses conhecimentos e tratou de aprimorar elas para a sua próxima motocicleta, A Honda E-Type que foi lançada em 1952.
Após 10 anos de prosperidade, A Honda decidiu dar um salto maior, Entrar nas principais campeonatos do cenário mundial, Mas isso vai ser contado em um próximo capitulo desse especial
Texto: Deivison da Conceição da Silva Fonte das informações e das fotos:
Devido aos lamentáveis acontecimentos das eleições de 2018, O Portal Sportszone resolveu fazer um especial com 3 Partes que serão colocadas no nosso site nesses 3 dias de evento do GP do Brasil de Formula 1. Esse especial vai falar sobre a Ditadura Militar. Desde da Origem do Golpe até a derrubada do Golpe com a implantação do Regime Democrático que nós vivemos hoje e que esta ameaçado com o novo governo que foi eleito.
Se vocês observarem e lerem direitinho, Poderão observar que muitas características do que aconteceu no período do Golpe acabaram acontecendo nas eleições de 2018 no Brasil.
A matéria do GP do Brasil só vai ser postada na Terça-Feira. É uma forma de protesto que fazemos pela vitória do fascismo nas eleições desse ano.
Então vamos para o primeiro Capitulo desse especial:
O Dia 31 que durou 21 anos – Parte 1
O Golpe Militar de 1964 foi dado no dia primeiro de Abril de 1964. Porém, ele começou a 10 anos atrás, Os golpistas quiseram tirar Getúlio Vargas do Poder. Com o suicídio de Vargas acabou por colocar por terra por um tempo a tentativa de Golpe.
Nos anos 60, Com a entrada de Jango o fantasma do Golpe Ressurge, Sobre o motivo do “Espectro do Comunismo” que nunca chegou de existir de verdade. Por esse motivo, Os Militares golpistas tiraram Jango do poder. Começaria a partir dai 21 anos de um regime que se caracterizou por cercear liberdades, Perseguição aos opositores, Tortura aos presos políticos que lutavam para libertar o país da Ditadura Militar, Censura previa nos veículos de comunicação. Economicamente esse regime cobrou o preço no seu final: Com uma mega infração de mais de 200% ao ano. (O que fez dos anos 80 a “Década Perdida” segundos os economistas)
No dia 19 de Março de 1964 ocorreu em São Paulo a Marcha para Família com deus pela Liberdade. Organizado pela União Cívica Feminina e pela campanha da Mulher pela Democracia. Foram patrocinados pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais – O IPES foi fundado por empresários Cariocas e Paulistas. Em um espaço de 2 anos, O Instituto investiu 500 mil dólares, obtidos através de colaboração de 300 empresas Norte-Americanas, Ocupava 13 salas do 27ºandar do edifício Av.Central na cidade do Rio de Janeiro. Isso possibilitou que se grampeasse a mais de 3.000 telefonemas de colaboradores e simpatizantes de Jango.
A Marcha pela Família reuniu 500.000 pessoas que clamavam pela derrubada o presidente João Goulart. Em uma das faixas dizia o seguinte: “Nossa Senhora Aparecida, Iluminai os Reacionários”
O Golpe teve o apoio dos governadores Ney Braga (Paraná), Ildo Meneghetti (Rio Grande do Sul), Ademar de Barros (São Paulo) e Magalhães Pinto (Minas Gerais) O Jornalista Carlos Lacerda foi um conspirador Civil que teve um Grande papel para o sucesso do Golpe. Ele conspirou para impedir a posso de Juscelino Kubitschek em 1955. Em 1960 ele acabou sendo eleito Governador da Guanabara. A Partir dai, Lacerda conspira de todas as formas para derrubar João Goulart. Inclusive com notícias falsas (Era a Fake News da época) e censura dos jornais. O Clero conservador também ajudou no Golpe, Liderado pelo Cardeal D. Jaime Barros e pelo Padre Americano Partick Peyton.
Na parte Militar, Os três Ministros Militares: General Odílio Denys (Guerra), Brigadeiro Grün Moss (Aeronáutica) e Almirante Sílvio Heck (Marinha) eram contra o retorno de Goulart ao Brasil por razões de “Segurança Nacional” Jango voltou de uma viagem da China para a sua posse, A partir dai começou a trama do Golpe que tinha sido abortado depois do Suicídio de Getúlio Vargas.
Essa guerra contra Jango começou quando ainda como ministro do trabalho de Getúlio Vargas, Propôs um aumento de 100% do Salário Mínimo. Com isso foi lançado “O Manifesto dos Coronéis” Que contou com a assinatura de 42 Coronéis. Amauri Kruel, Antônio Carlos Murici, Os Tenentes-coronéis Sílvio Frota, Eduardo Melo e Golbery de Couto e Silva foram os que assinaram esse Manifesto. Liderados por Odílio Denys e o General Cordeiro de Farias (O revolucionário de 30) Essa propaganda reacendeu e se junto ao líder do Exercito de Minas Gerais, O General Olímpio Mourão que lutava contra o herdeiro de Getúlio Vargas. (Jango)
O Grupo dos modernizadores não compartilhava com as ideias de Jango, Que eram considerados como ideias Sindicalistas ou Comunistas e estavam se articulando com o empresariado (Através do IPES) que defendia o Binômio “Segurança e Desenvolvimento” Que na verdade era uma defesa a concentração de Renda e arrocho Salarial. Para os empresários, Essa era a forma mais ajustada para as necessidades desenvolvimentistas da nação. Já o Grupo dos linhas Duras queria defender a nação a qualquer custo do Chamado “Espectro Comunista”.
O Grupo dos Modernizadores que era compostos por Ernesto Orlando Geisel, Antônio Carlos Murici e Cordeiro de Farias e Golbery tinham mais representação nos veículos de Comunicação e da Sociedade Civil.
O Grupo dos tradicionalistas que era composto por Artur da Costa e Silva, Olímpio Mourão, Odílio Denys e Muniz de Aragão tinha o poder das armas e da estratégia Militar. Desde do final de 1963 eles articularam o plano formal para tomar o poder, Esse plano foi concebido pelo General Ulhoa Cintra. Esse plano seria executado no dia 31 de Março de 1964.
Para que o Golpe tivesse êxito, Era necessário encontrar um personagem que unisse os dois seguimentos. Essa figura acabou sendo o General Castelo Branco, que era um legalista e hesitou a se unir aos golpistas. Em Janeiro de 1963 Castelo Branco se reuniu com o Cordeiro de Farias. A partir dai começava a aproximação com os Golpistas, Em Março de 1963, Surge o Documento que diminuiu dentro da Lei o poder de Obediência dos militares ao presidente em Nome da “Lealdade ao Exercito”.
Um ano depois, Devido a presença de João Goulart ao encontro dos Sargentos. E pelos acontecimentos do comício das Reformas e a Revolta dos Marinheiros, O General Castelo Branco aderiu fortemente ao Golpe. Ainda havia seguimentos leais ao presidente Jango: Os Generais Assis Brasil, Ladário Telles e Morais Âncora. Já o General Amaury Kruel (Amigo de Jango) tinha uma posição desconhecida até o dia 31 de Agosto quando ele aderiu ao Golpe.
A Trama do Golpe foi desenlaçada no dia 31 de Março de 1964. As 3 da manhã, Olímpio Mourão partiu para o Rio de Janeiro com as tropas saindo da cidade de Juiz de Fora (Cerca de 6 mil homens). Castelo Branco acabou telefonando para o Governador Magalhães Pinto pedindo para que as Tropas voltassem para os Quarteis. O Governador disse que era tarde demais, Uma vez que as tropas estavam na fronteira com o Rio de Janeiro.
Esses momentos poderiam ter levado o Brasil a ter até uma guerra civil, Caso Jango tivesse articulado com os seguimentos do Exercito que ainda eram leais o presidente. A Marcha Golpista teve momentos de tensão. Os 3 mil homens chefiados pelo General Médici poderiam ter tido um confronto com o poderosos destacamento Sampaio, No Vale do Paraíba.
Só que esse confronto não ocorreu, Pelo contraio. Os Oficiais cariocas acabaram aderindo ao movimento Golpista. As 17 horas do dia 31, O Golpe estava a um passo para o seu êxito. Amauri Kruel, depois de um telefonema a Jango que recusou acabar com a CGT acabou aderindo ao Golpe junto com as tropas Paulistas, que partiram para a Via Dutra e se juntaram aos cadetes da Academia das Agulhas negras (Que eram Chefiadas por Médici) Em Resende (Rio de Janeiro) O legalista Morais Âncora acabou não se opondo ao Golpe após uma reunião com Kruel.
No Nordeste, Os Golpistas ainda precisavam executar a prisão dos Governadores Miguel Arraes (Pernambuco) e João Seixas Dória (Sergipe). Com isso, O General Justino Bastos já tinha o controle da situação.
Só existia um possível problema, Que poderia vim do Sul do País. João Goulart buscou refuljo no Rio Grande do Sul, Deixou a missão de comunicar a sua permanência do Brasil com o Chefe de Gabinete Darcy Ribeiro. O Comunicado acabou sendo ignorado pelo presidente do congresso, O senador Auro de Moura Andrade, As 3 horas e 45 minutos da madrugada do dia 2 de Abril, O Congressista declarou vaga a presidência da República. De uma Forma apressada, Empossaram o Deputado Raineiri Mazzili como novo presidente do Brasil. Estava consolidado o Golpe. Jango teve de fugir para o Uruguai no dia 4 de Abril. As ruas de Porto Alegre já estavam tomadas pelas tropas do novo regime.
A Operação Brother Sam
O Governo Norte-Americano ajudou os militares a tomar o poder, Além de reconhecer o novo governo. Eles chegaram a colocar em prática “A Operação Brother Sam” O Embaixador Lincoln Gordon tinha contrato com os Golpistas e acabou solicitando apoio logístico de Washington para os Militares. No dia 31 de Março, Os Norte-Americanos enviaram 6 Destroieres, 1 porta-Aviões, 1 navio para transporte de Helicópteros, Uma esquadrilha de aviões, 4 Petroleiros para abastecimento de tropas e 100 Toneladas de Armas de Munições, Mas essa operação se mostrou desnecessária e foi suspensa já que não teve resistência.
O Brasil se alinhou aos Estados Unidos no ano de 1946 após o encontro entre o presidente dos Estados Unidos Harry Truman e o presidente do Brasil Eurico Gaspar Dutra. (O Presidente Dutra fundou a escola superior de Guerra, aonde a elite Militar brasileira passou a estudar)
Com a entrada do presidente Juscelino Kubitschek em 1956, Começou a se ensaiar uma independência externa política do país. Isso começou a desagradar os norte-americanos.
Depois da Revolução Cubana, JK e Jango homenagearam Fidel Castro e Che Guevara. Em Janeiro de 1962, O Brasil acabou recusando a adotar as sanções a Cuba. Enquanto isso Leonel Brizola estatizou a Companhia Telefônica do Rio Grande do Sul que pertencia a ITT Americana. Em Setembro do mesmo ano, O Congresso aprovou a Lei de Remessa de Lucros. Isso era prejudicial para os Estados Unidos que eram Donos de U$ 1,17 Bilhões. (33% do investimento no país) e com 31 das 55 maiores empresas de operação no Brasil)
O Embaixador norte-Americano, O Democrata Lincoln Gordon chegou ao Brasil em Setembro de 1961. No começo ele tratou com diplomacia e se recusou a se aliar aos Golpistas, Mas depois dos acontecimentos do ano seguinte, Gordon mudou sua postura e não só passou a financiar os golpistas como colocou o Coronel Vernon Walters como o adido Militar da embaixada Norte-Americana. Walters era amigo pessoal de Castelo Branco e Cordeiro de Farias. Além de também trabalhar posteriormente para os presidentes Nixon e Reagan.
O Coronel Norte-Americano pediu para o assessor militar Dan Mitrione para ajudar o Governador Magalhães Pinto no treinamento de 10 mil homens da PM. Após a morte de John Kennedy e a posse de Lyndon Johnson, Foi dado o sinal verde para a preparação ao Golpe.
No dia 17 de Janeiro de 1964, João Goulart sancionou a Lei de Remessa de Lucros. A Partir dai se deu o marco para que o Governo de Jango acabasse. No dia 3 de Março, Em um editorial do “The New York Times” Anunciava que os Estados Unidos não puniria mais Juntas Militares que Derrubassem Governos Democráticos. Era tudo que se precisava para o Golpe Militar.
A Partir dai ocorreu num espaço de 1 mês, A Marcha da Família até o dia 31 de Março quando tudo se desenrolou no Brasil com o movimento dos Golpistas até darem o Golpe em Jango para se colocarem no poder. O Governo de Raineiri Mazzili (Governou pela segunda vez o Brasil de forma provisória) durou 13 dias, Até que no dia 15 de Abril foi empossado Castelo Branco como o primeiro presidente Militar da Ditadura Militar.
Amanhã você terá a segunda parte do Texto: O Dia 31 que durou 21 anos
Texto: Deivison da Conceição da Silva
Fonte: História do Brasil – Zero Hora/RBS Jornal