Dakar 2023 – Especial 1 – Sea Camp – Prototipo Leve

No Prototipo leve, 5 pilotos se sobressaíram em relação aos demais pilotos na especial de 268 km de Sea Camp. A vitória ficou com Francisco Lopez Contardo da Red Bull Can-AM, vencedor do ano passado que quer repetir a dose em 2023. Em segundo chegou o belga Guillaume de Mevius da Grallyteam a 1 minuto e 49 segundos do vencedor.

Os pilotos da Red Bull OFF-Road Jr team Seth Quinteiro e Austin Jones ficaram na 3ª e 4ªposições. Ignacio Casale completou o quinteto de sucesso chegando na 5ªposição. Já Mitchell Guthrie que chegou em 6ºlugar ficou a 11 minutos e 17 segundos do ganhador do dia e a 7 minutos e 17 segundos de Casale. Os 5 primeiros colocados ficaram separados por 4 minutos entre eles.

Classificação final da primeira etapa do Dakar 2023:

 

368 Km – Sea Camp – Prototipo Leve

POS. número Piloto País Equipe/Carro Tempo Diferença Penalidade
1 300 Francisco Lopez Contardo Chile Can-Am Maverick XRS 03H 57′ 40”
Juan Pablo Latrach Vinagre Chile Red Bull Can-Am Factory Team
2 304 Guillaume de Mevius Bélgica OT3 – 04 03H 59′ 29” + 00H 01′ 49”
Francois Cazalet França Grallyteam
3 301 Seth Quintero Estados Unidos Can-Am Maverick XRS 04H 00′ 47” + 00H 03′ 07”
Dennis Zenz Alemanha Red Bull Off-Road JR Team USA By BFG
4 303 Austin Jones Estados Unidos Can-Am Maverick XRS 04H 01′ 12” + 00H 03′ 32”
Gustavo Gugelmin Brasil
5 322 Ignacio Casale Chile Yamaha X-Raid YXZ 1000R 04H 01′ 40” + 00H 04′ 00”
Alvaro Leon Chile Turbo Prototype
6 314 Mitchell Guthrie Estados Unidos MCE-5 Development T3M 04H 08′ 57” + 00H 11′ 17”
Kellon Walch Estados Unidos Red Bull Off-Road JR Team USA By BFG
7 319 Helder Rodrigues Portugal Can-Am Maverick XRS 04H 09′ 45” + 00H 12′ 05”
Goncalo Reis Portugal South Racing Can-Am
8 306 Jean-Luc Cellaldi-Pisson França PH-Sport Zephyr 04H 15′ 42” + 00H 18′ 02”
Cedric Duple França JLC Racing
9 302 Cristian Gutiérrez Herrero Espanha Can-Am Maverick XRS 04H 17′ 47” + 00H 20′ 07” 00H 01′ 00”
Pablo Moreno Huete Espanha Red Bull Can-Am Factory Team
10 328 Ricardo Porem Portugal Yamaha X-Raid YXZ 1000R 04H 17′ 53” + 00H 20′ 13”
Agusto Sanz Argentina Turbo Prototype
11 321 Ahmed Alkuwari Fahad Qatar Yamaha X-Raid YXZ 1000R 04H 20′ 23” + 00H 22′ 43”
Manuel Lucchese Itália Turbo Prototype
12 337 João Ferreira Portugal Yamaha X-Raid YXZ 1000R 04H 23′ 23” + 00H 25′ 43” 00H 15′ 00”
Filipe Palmeiro Portugal Turbo Prototype
13 329 David Zille Argentina Can-Am Maverick XRS 04H 26′ 36” + 00H 28′ 56”
Sebastian Cesana Argentina South Racing Can-Am
14 312 Dania Akeel Arábia Saudita Can-Am Maverick XRS 04H 37′ 32” + 00H 39′ 52”
Sergio Lafuente Uruguai South Racing Can-Am
15 309 Saleh Alsaif Arábia Saudita Can-Am Maverick X3 04H 38′ 23” + 00H 40′ 43”
João Pedro Vitoria Re Portugal Black Horse Team
16 345 Josef Machacek Rep.Tcheca Buggyra Can-Am ZV21 04H 39′ 53” + 00H 42′ 13”
David Schovanek Rep.Tcheca Buggyra ZM Academy
17 307 Annett Fischer Alemanha Yamaha X-Raid YXZ 1000R 04H 41′ 17” + 00H 43′ 37”
Annie Seel Suécia Turbo Prototype
18 326 Xavier Foj Espanha AMS Oryx T3 04H 42′ 59” + 00H 45′ 19”
Antonio Ângulo Espanha Foj Motorsport
19 340 Hans Weijs Holanda Arcane T3 04H 45′ 04” + 00H 47′ 24” 00H 00′ 30”
Tim Rietveld Holanda Arcane Racing
20 346 Pamela Bozzano Brasil Can-Am Maverick X3 04H 52′ 11” + 00H 54′ 31”
Carlos Sachs Brasil Team BBR / Pole Position 77
21 324 Jordi Segura Vidiella Espanha Can-Am Maverick X3 05H 00′ 02” + 01H 02′ 22” 00H 01′ 00”
Sergi Brugue Espanha FN Speed Team
22 311 Camelia Liparoti Itália Yamaha X-Raid YXZ 1000R 05H 02′ 05” + 01H 04′ 25” 00H 15′ 00”
Xavier Blanco Garcia Espanha Turbo Prototype
23 305 Santiago Navarro Espanha Can-Am Maverick X3 05H 06′ 10” + 01H 08′ 30”
Adrien Metge França FN Speed Team
24 318 Jon Font Espanha Can-Am Maverick X3 05H 08′ 35” + 01H 10′ 55”
Themis Lopez Espanha FN Speed Team
25 339 Ebenhaezer Basson África do Sul OT3 – 04 05H 14′ 33” + 01H 16′ 53” 00H 15′ 00”
Bertus Leander Pienaar África do Sul Grallyteam
26 327 Ania Van Loon Holanda Can-Am Maverick XRS 05H 21′ 07” + 01H 23′ 27”
Dmytro Tsyro Ucrânia South Racing Can-Am
27 332 Claude Fournier França Can-Am Maverick X3TEAM BBR / POLE POSITION 77 05H 25′ 30” + 01H 27′ 50”
Arnold Brucy França Team BBR / Pole Position 77
28 347 Enio Bozzano Junior Brasil Can-Am Maverick X3 05H 31′ 25” + 01H 33′ 45”
Luciano Gomes Brasil Team BBR / Pole Position 77
29 344 Aliyyah Koloc EAU Buggyra Can-Am ZV21 05H 37′ 44” + 01H 40′ 04”
Stephane Duple França Buggyra ZM Academy
30 325 Jean-Pascal Besson França MMP Can-Am 05H 38′ 50” + 01H 41′ 10”
Delphine Delfino França MMP
31 317 Antoine Meo França PH-Sport Zephyr 05H 42′ 53” + 01H 45′ 13” 00H 15′ 00”
Fabien Planet França Team PH-Sport
32 330 Javier Velez Colômbia Can-Am Maverick X3 05H 43′ 10” + 01H 45′ 30” 00H 16′ 40”
Mateo Moreno Kristiansen Colômbia FN Speed Team
33 334 Jose Castan França Can-Am 05H 47′ 16” + 01H 49′ 36”
Jean-Francois Palissier França
34 336 Brad Salazar Equador Can-Am Maverick X3 05H 57′ 33” + 01H 59′ 53”
Eugenio Arrieta Argentina FN Speed Team
35 308 Fernando Alvarez Castellano Espanha Can-Am Maverick X3 06H 24′ 12” + 02H 26′ 32”
Xavier Panseri França South Racing Can-Am
36 349 Alfredo Rubio Fernandez Espanha Can-Am Maverick X3 06H 27′ 50” + 02H 30′ 10” 00H 30′ 00”
Luis Alberto Benedicto San Antonio Espanha Buggy Masters Team
37 348 Antonio Marmolejo Colômbia Can-Am Maverick XRS 06H 34′ 36” + 02H 36′ 56” 00H 15′ 00”
Ariel Jaton Argentina South Racing Can-Am
38 342 Benjamin Lattard França MMP Can-Am 07H 02′ 50” + 03H 05′ 10” 00H 15′ 00”
Patrick Jimbert França MMP
39 341 Geoff Minnitt África do Sul Can-Am Maverick XRS 07H 24′ 13” + 03H 26′ 33” 00H 15′ 00”
Gerhard Snyman África do Sul South Racing Can-Am
40 350 Patricia Pita Gago Uruguai Can-Am Maverick 07H 30′ 14” + 03H 32′ 34”
Ruben Garcia Argentina Proracing Competicion Rallye Servicios
41 343 Roger Grouwels Holanda Arcane T3 19H 45′ 04” + 15H 47′ 24” 10H 00′ 00”
Maurice van Weersch Holanda Arcane Racing
42 320 Mashael Alobaidan Arábia Saudita Can-Am Maverick XRS 19H 45′ 24” + 15H 47′ 44” 10H 00′ 00”
Paolo Ceci Itália South Racing Can-Am
43 331 Khalid Aliafla EAU ALJAFLA RACING 24H 59′ 47” + 21H 02′ 07” 15H 15′ 00”
Andrei Rudnitski Bielorrússia Aljafla Racing
44 338 Rafael Lesmes Suarez Espanha Can-Am Maverick 28H 56′ 02” + 24H 58′ 22” 19H 10′ 00”
Eduardo Rafael Naval Perez Espanha TH-Trucks Canarias Team
45 323 Merce Marti Espanha Yamaha X-Raid YXZ 1000R 28H 59′ 33” + 25H 01′ 53” 19H 15′ 00”
Lisette Bakker Holanda Turbo Prototype
46 335 Lucas del Rio Chile Can-Am Maverick XRS 78H 54′ 28” + 74H 56′ 48” 69H 10′ 00′
Bruno Jacomy Argentina South Racing Can-Am

Texto: Deivison da Conceição da Silva
Foto: Dakar

Dakar 2023 – Especial 1 – Sea Camp – Categoria Moto Rally 1

A primeira etapa do Dakar 2023 aconteceu em Sea Camp e já tivemos a queda de um dos favoritos, para ser mais exato o britânico Sam Sunderland sofreu um acidente grave e acabou machucando as costas e lesionando o seu ombro. A vitória na Rally GP ficou com Ricky Brabec e no Rally 2 a vitória fica com Paolo Lucci da Bas World KTM. A especial de 368 km foi marcado pelas punições que mexeram na classificação dos primeiros colocados, até mesmo definindo vitórias nas especiais.

Ao chegar ao Km 37, no primeiro checkpoint de cronometragem, Pablo Quintanilla e Joan Barreda Bort estavam rigorosamente empatados na liderança ao marcarem 22 minutos e 20 segundos. O Australiano Toby Price vinha 3 segundos atrás, Matthias Walkner em 4º a 7 segundos dos líderes e completado os 5 primeiros colocados estava Daniel Sanders da Gas Gas a 12 segundos dos líderes.

Mason Klein da Bas World KTM vinha em 6º, bem na balada dos líderes. Igualmente como Ricky Brabec e Kevin Benavides, campeões de 2020 e 2021 que estavam empatados em 22 minutos e 37 segundos. Luciano Benavides da Husqvarna e Joaquim Rodrigues da Hero fechavam os 10 primeiros colocados.

No segundo ponto de cronometragem, Ricky Brabec passa da 7ª para a primeira posição, 10 segundos a frente de Joan Barreda Bort que abriu 1 segundo sobre Pablo Quintanilla. Os 3 pilotos da Honda estavam na frente, mas com suas KTM, Mason Klein da Bas e Toby Price da KTM vinham próximos, a pouquíssimos segundos dos pilotos da Honda.

Sanders caiu para a 6ªposição, a 19 segundos dos ponteiros. 7 segundos atrás vinha o norte-americano Spyker Howes com a sua Husqvarna. Um pouco mais afastados dos 7 primeiros vinham Kevin Benavides, Joaquim Rodrigues e Adrien Van Beveren. Sam Sunderland no km 52, a caminho do segundo ponto de cronometragem acaba indo ao chão e acabou deixando a competição.

Ao Km 133, Mason Klein vai para a liderança com quase 1 hora e meia de competição (1:26:56) O piloto da BAS abre 46 segundos de frente para os pilotos da Honda Ricky Brabec e Joan Barreda Bort empatados na segunda posição. Toby Price e Daniel Sanders superaram o chileno Pablo Quintanilla passando para a 4ª e 5ªposições.

Kevin Benavides ainda em 7º, vinha à 2 minutos atrás do ponteiro, o Argentino ainda acreditava em brigar pela vitória, mas era pressionado por Spyker Howes da Husqvarna.
Adrien van Beveren sobe para a 9ªposição, seguido de Sebastien Bühler mantendo a Hero no Top 10, com 6 segundos de frente para Lorenzo Santolino da Sherco.

35 km depois, Mason Klein aumenta sua vantagem, o Norte-americano da BAS estava a 1 minuto e 26 segundos de vantagem sobre Daniel Sanders da Gas Gas, o piloto australiano voltava a subir na classificação. Ricky Brabec vinha em 3º a 25 atrás do 2ºcolocado. Joan Barreda Bort caiu para a 4ªposição e Pablo Quintanilla ganhaa uma posição e volta a figurar no Top 5.

Kevin Benavides e Spyker Howes superam Toby Price que teve uma queda violenta na classificação, da 4ª para a 8ªposição. Completando os 10 primeiros, Sebastien Buhler da Hero e Lorenzo Santolino da Sherco, ambos superando Adrien van Beveren que já vinha a mais de 5 minutos de Mason Klein.

Ao chegar no Km 277, A disputa pela vitória acaba se acirrando. A liderança de Mason Klein começando a ficar ameaçada por Daniel Sanders da Gas Gas em 2º a 20 segundos atrás, por Kevin Benavides da KTM com 26 segundos atrás, de Ricky Brabec da Honda a 27 segundos, de Pablo Quintanilla também de Honda a 28 segundos e Joan Barreda Bort a 30 segundos na 6ªposição completavam a turma que visava a liderança do piloto da equipe BAS World KTM.

Spyker Howes já vinha um pouco longe, mas consolidando uma 7ªposição em cima de Toby Price que estava em 8º e fora da luta pela vitória. Adrien van Beveren e Jose Cornejo Florimo completavam os 10 primeiros colocados. Os 5 pilotos oficiais da Honda vinham no Top 10 nesse momento. Era a primeira parcial que a Hero não tinha pelo menos 1 dos pilotos entre os 10 primeiros colocados.

Após os 368 km da primeira especial e mais de 3 horas e meia de disputa, várias penalizações acabaram por beneficiar Ricky Brabec que acabou conquistando a vitória na 1ªespecial do Dakar em Sea Camp. O norte-americano com a Honda ficou com 19 segundos de frente para Kevin Benavides com a KTM. O Argentino cresceu na parte final e acabou subindo da 8ª para a 2ªposição na segunda metade da sessão.  Toby Price também reagiu no final e acabou o dia na terceira posição, 39 segundos atrás do vencedor.

Empatados em 4ºlugar, Joan Barreda Bort e Daniel Sanders acabaram penalizados em tempo e perderam a possibilidade de conquistarem a vitória na especial.
Joan Barreda Bort teve uma penalização de 1 minuto e Daniel Sanders foi punido em 2 minutos. Sem a punição, Sanders venceria e Barreda Bort ficaria na segunda posição.

Mason Klein que liderou até o penúltimo ponto de cronometragem acabou ficando apenas na 6ªposição, a apenas 1 minuto e 14 segundos do vencedor. Fazendo muito bonito com a BAS World KTM que é sem dúvida a melhor e mais estruturada equipe independente do Dakar.

Pablo Quintanilla foi punido em 2 minutos e acabou jogado para a 7ªposição. O Chileno teria sido o terceiro sem as punições. Adrien Van Beveren teve uma especial discreta e chegou na 8ªposição ficando a frente de Skyler Howes da Husqvarna que pilotou bem e de Matthias Walkner com a KTM, fechando o Top 10 da primeira especial pra valer do Dakar.

Lorenzo Santolino chegou a estar entre os 10 primeiros em um determinado momento da especial. O piloto da Sherco foi seguido de 3 Ross Branch e Sebastien Bühler, ambos pilotos da Hero. Luciano Benavides da Husqvarna a Jose Ignacio Cornejo Florimo com a Honda fecharam na 14ª e 15ªposições respectivamente.

Classificação final da primeira etapa do Dakar 2023
368 Km – Sea Camp – Motos Rally GP

POS. número Piloto País Equipe Moto Tempo Diferença
1 2 Ricky Brabec Estados Unidos Monster Energy Honda Team Honda CRF 450 Rally 04H 14′ 10”
2 47 Kevin Benavides Argentina Red Bull KTM Factory Racing KTM 450 Rally Factory 04H 14′ 29” + 00H 00′ 19”
3 8 Toby Price Austrália Red Bull KTM Factory Racing KTM 450 Rally Factory 04H 14′ 49” + 00H 00′ 39”
4 5 Joan Barreda Bort Espanha Monster Energy JB Team Honda CRF 450 Rally 04H 14′ 55” + 00H 00′ 45” 00H 01′ 00”
5 18 Daniel Sanders Austrália Red Bull GasGas Factory Racing GasGas 450 Rally Factory 04H 14′ 55” + 00H 00′ 45” 00H 02′ 00”
6 9 Mason Klein Estados Unidos Bas World KTM Racing Team KTM 450 Rally Raid 04H 15′ 24” + 00H 01′ 14”
7 7 Pablo Quintanilla Chile Monster Energy Honda Team Honda CRF 450 Rally 04H 16′ 17” + 00H 02′ 07” 00H 02′ 00”
8 42 Adrien van Beveren França Monster Energy Honda Team Honda CRF 450 Rally 04H 18′ 27” + 00H 04′ 17”
9 10 Skyler Howes Estados Unidos Husqvarna Factory Racing Husqvarna Factory Racing 04H 19′ 22” + 00H 05′ 12”
10 52 Matthias Walkner Áustria Red Bull KTM Factory Racing KTM 450 Rally Factory 04H 19′ 36” + 00H 05′ 26”
11 15 Lorenzo Santolino Espanha Sherco Factory Sherco Factory 450 SEF Rally 04H 22′ 32” + 00H 08′ 22”
12 16 Ross Branch Botsuana Hero Motosports Team Rally Hero 450 Rally 04H 22′ 37” + 00H 08′ 27”
13 14 Sebastian Bühler Alemanha Hero Motosports Team Rally Hero 450 Rally 04H 22′ 49” + 00H 08′ 39” 00H 01′ 00”
14 77 Luciano Benavides Argentina Husqvarna Factory Racing Husqvarna 450 Rally Factory 04H 23′ 51” + 00H 09′ 41”
15 11 Jose Ignacio Cornejo Florimo Chile Monster Energy Honda Team Honda CRF 450 Rally 04H 25′ 30” + 00H 11′ 20”
16 30 Antonio Maio Portugal Franco Sport Yamaha Racing Team Yamaha WR 450 Rally 04H 26′ 51” + 00H 12′ 41”
17 54 Daniel Nosiglia Jager Bolívia Rieju-Xraidsexperience KTM 450 Rally Factory Replica 04H 27′ 08” + 00H 12′ 58”
18 27 Joaquim Rodrigues Portugal Hero Motosports Team Rally Hero 450 Rally 04H 27′ 20” + 00H 13′ 10” 00H 06′ 00”
19 33 Franco Caimi Argentina Hero Motosports Team Rally Hero 450 Rally 04H 27′ 26” + 00H 13′ 16” 00H 01′ 00”
20 142 Stefan Svitko Eslováquia Cross Team KTM 450 Rally Factory Replica 04H 28′ 04” + 00H 13′ 54”
21 12 Martin Michek República Tcheca Orion – Moto Racing Group KTM 450 Rally Replica 04H 29′ 39” + 00H 15′ 29”
22 28 Maciej Giemza Polônia Orlen Team Husqvarna FR450 04H 35′ 46” + 00H 21′ 36”
23 20 Harith Noah Koitha Veettil Índia Sherco Factory Sherco Factory 450 SEF Rally 04H 39′ 08” + 00H 24′ 58”
24 68 Tosha Schareina Espanha Bas World KTM Racing Team KTM 450 Rally 04H 42′ 47” + 00H 28′ 37”
25 48 Joan Pedrero Garcia Espanha Rieju Team KTM 450 04H 48′ 11” + 00H 34′ 01” 00H 06′ 00”
26 19 Rui Gonçalves Portugal Sherco Factory Sherco Factory 450 SEF Rally 04H 50′ 20” + 00H 36′ 10” 00H 05′ 00”
27 25 Mohammed Balooshi EAU MX Ride Dubai Husqvarna FR450 05H 08′ 29” + 00H 54′ 19” 00H 02′ 00”

Texto: Deivison da Conceição da Silva
Fotos: Dakar

Dakar 2022 – Avaliação da categoria Protótipo Leve

Seth Quintero foi o nome do Dakar nessa categoria. Piloto norte-americano,  que obteve um domínio avassalador em praticamente todas as especiais, contando com um super projeto de carro e com sua incrível habilidade, Quintero venceu 11 das 12 especiais. Em qualquer campeonato, o piloto da Red Bull seria o campeão sem sombra de dúvidas.

Mas uma especial acabou com o sonho de título de Quintero. O desastre aconteceu logo na segunda especial do Dakar, quando Quintero teve problemas que o levaram a perder quase 17 horas, sendo 10 dessas horas foram por causa de penalização.

O Mais provável é que houvesse um desanimo do piloto da Red Bull, mas aconteceu o contraio, foi uma motivação para Quintero vencer e se recuperar o máximo possível. E foi isso exatamente o que aconteceu. No final, Quintero bateu o recorde de vitórias em especiais, em uma única edição do Dakar e conseguiu ainda ficar na 16ªposição na Soma dos Tempos.

O protótipo OT3 da Red Bull venceu todas as especiais do Dakar. O belga Guillaume de Mevius ficou com a vitória na segunda especial e fez com que todas as vitórias caíssem nas mãos da equipe Red Bull. Infelizmente o protótipo OT3 era um carro falho na confiabilidade. Isso não permitiu que Quintero e Guillaume de Mevius conseguissem grandes resultados na soma dos tempos. O que salvou foi à espanhola Cristina Gutierrez Herrero, na 3ºposição na soma dos tempos, mesmo com um carro com falta de confiabilidade e propenso a quebras.

Já a disputa pelo título do Dakar ficou entre o chileno Francisco Lopez Contardo e o Sueco Sebastian Eriksson, ambos da equipe oficial da CAN-AM. Os dois disputaram a vitória, mas a vantagem esteve praticamente o tempo todo com o Chileno.

Vencedor de 2019 e 2021 pela categoria SSV, Francisco Lopez Contardo conquista o terceiro título no Dakar. No seu currículo, teve 2 vezes a terceira posição na categoria motos (em 2010 e 2013). Usando da regularidade, o chileno obteve 9 vezes posição entre os 3 primeiros colocados nas especiais. Sebastien Eriksson teve 8 resultados entre os 3 primeiros colocados. Em um rally onde resistência e confiabilidade é fundamental a CAN-AM mostrou esses requisitos, mesmo sem ser tão rápido como o OT3.

A categoria vem numa crescente, mas ainda sofre de vários carros com problemas de confiabilidade, mas por ter uma categoria de protótipos, eu acho que é normal que se tenha mais quebras, pois não são carros comuns, são carros construídos para a corrida, totalmente construídos para uma disputa. Nesse caso para um Rally. É possível que ela tenha até um pouco menos de competidores que os SSV, mas pelo menos não vai ser tão esvaziado como a categoria dos quadriciclos.

Texto: Deivison da Conceição da Silva
Fotos: MotoGP

Dakar 2022 – Avaliação dos pilotos e equipes da categoria Motos

Sam Sunderland: Teve um comportamento muito bom no Dakar. O inglês obteve um desempenho bem regular, mesmo quando não obteve em determinado estágio bons resultados, Sunderland quase sempre ficou na 1ªposição na classificação geral (8 dos 12 estágios). Desse modo, o piloto da Gas Gas conquistou o bicampeonato e coloca o nome da marca espanhola na história dos grandes vencedores do Rally Dakar.

Pablo Quintanilla: Após anos na Husqvarna, o chileno foi escolhido para ser o substituto de Kevin Benavides na Honda. Pelo seu desempenho do Dakar, a contratação foi acertadíssima apesar de não ter levado o 3ºtitulo seguido da Honda e o primeiro título do Dakar na carreira. Apesar de ido mal de 2 das primeiras sessões o chileno se recuperou, venceu 2 estágios e acabou a disputa a poucos minutos atrás de Sunderland e ficou pela segunda vez com o vice-campeonato.

Matthias Walkner: Possivelmente um dos pilotos mais contestáveis pelo menos da KTM apesar de ter vencido um Dakar. O austríaco estava caminhando muito bem na disputa da geral. Seu ponto alto foi ter alcançado a liderança na soma dos tempos na 9ªetapa, mas tudo acabou sendo comprometido pelo resultado muito ruim no 10ºestágio. Esse resultado comprometeu a sua tentativa de vitória. No final, acabou sendo o melhor piloto da KTM na soma dos tempos.

Adrien Van Beveren: O francês estava disposto a levar a Yamaha não só a uma recuperação, mas também para levar a marca a vencer o Rally, algo que não acontece desde 1998. Após o vexame de 2021, tanto a Yamaha como o piloto francês tiveram uma recuperação invejável e sim, Van Beveren teve a chance de vencer o Dakar, chegando a liderar a soma dos tempos na 7ª e na 10ªespecial. Porém, os 2 últimos estágios não foram nada bons para Van Beveren que acabou perdendo a vitória e caindo para o 4ºlugar, repetindo seu melhor resultado que foi obtido em 2017. Um belo trabalho, mas com um final frustrante.

Joan Barreda Bort: Não foi um dos melhores anos para o rápido, mas desastrado piloto espanhol, que tem como a característica ser muito rápido em estágios, mas não era um piloto constante a ponto de disputar o título do Dakar. O espanhol venceu 2 especiais nesse ano (chegando a 29 vitórias em especiais), mas teve atuações ruins e isso não deu a possibilidade para Barreda Bort disputar o título. Porém, deve ser exaltar a sua garra, mesmo depois de ter tido uma lesão durante o Dakar 2022 acabou continuando na disputa e foi recompensado com o top 5 na soma dos tempos, igualando seu melhor resultado, em 2017 com a 5ªposição.

José Ignacio Cornejo: Um jovem piloto chileno que mostra competência, mas ainda não esta no patamar de ser um dos favoritos ao titulo na soma dos tempos. No Dakar desse ano mostra que falta um bom caminho para isso. Apesar disso, Cornejo conquistou vitórias em 2 especiais na segunda metade do Rally, que ajudou muito o chileno a evoluir na classificação geral. Após ficar a maior parte do tempo lutando para ficar no Top 10, Cornejo acabou com uma respeitável 6ªposição, na frente de muita gente boa.

Ricky Brabec: Após o título de 2020 e o vice-campeonato de 2021, ficou claro que o Norte-americano acabou ficando abaixo do esperado. O piloto da Honda teve uma especial desastrosa e isso acabou afetando o seu desempenho no Dakar. Apesar de ter feito bons resultados em grande parte das especiais, mas sem ter conseguido a vitória e com apenas uma terceira posição na 9ªespecial. No final, um estágio ruim acabou rebaixando Brabec da 5ª para a 7ªposição. Fica para 2023 uma melhor exibição do campeão de 2020.

Andrew Short: Quando entrou para disputar seu primeiro Dakar, Short era um estranho no ninho, mas o norte-americano da Yamaha hoje é um piloto já identificado com a Rally mais perigoso do mundo. Apesar de ainda não ter obtido vitórias em estágios. Obteve uma participação regular em 2022, foram 7 vezes no top 10 (2 vezes na 6ªposição como melhor resultado em especial) que o levaram ao seu 3º Top 10 no Dakar e o 2ºmelhor resultado do já outrora piloto de sucesso no AMA Motorcross e que esta se tornando um piloto bem sucedido em Rallys.

Mason Klein: Uma grata surpresa, o norte-americano da equipe BAS (a melhor equipe privada do Dakar) fez uma brilhante primeira participação. Claro que a sua inexperiência, junto de uma equipe que não tem todos os recursos e noviciado acabaram fazendo Klein ter atuações irregulares de um dia para o outro. Mas já na 3ªespecial, conquistou uma grande 3ªposição. Já tinha sido 5ºlugar na 1ªespecial do Dakar e repetiu por 2 vezes essa 5ªposição. Ao final, acabou ajudado pelas punições de Svitko e Santolino para ficar com a 9ªposição na geral, se tornando o melhor piloto de equipe privada e o novato do ano. Assim como Howes, poderá ser puxado para uma equipe de fábrica para o Dakar de 2023.

Toby Price: O desempenho do bicampeão do Dakar foi para esquecer, com algumas especiais terríveis, chegando muito longe dos líderes (ficando fora até mesmo dos 20 primeiros) e ficando tempo o suficiente para não conseguir lutar pelo terceiro campeonato. Apesar da vitória na 10ªespecial e de 2 resultados na segunda posição em especial, Price não mereceu nem chegar entre os 10 primeiros colocados. Acabou ficando em 10º por se beneficiar da punição de Santolino e Svitko. Deixou a desejar o experiente piloto australiano… A se esperar uma melhor apresentação para o próximo Dakar.

Lorenzo Santolino: Após o 6ºlugar do ano passado, o principal piloto da Sherco TVS tinha a missão de levar mais uma vez a fabrica Francêsa/Espanhola para mais uma grande exibição. E pelo que se desempenhou no Dakar, as suas participações nos 12 estágios corresponderam as expectativas e fez um Dakar a altura de ficar entre os Top 10. Santolino só não conseguiu esse resultado por que acabou sendo punido em uma das especiais (assim como Stefan Svitko). Foi o 4ºcolocado em um dos dias mais formidáveis da Sherco no Dakar (na História) e por duas vezes na 5ªposição. Acabou na 11ªposição, mas com uma exibição de muito respeito.

Stefan Svitko: Uma das lendas do Dakar, sem título, o piloto eslovaco teve mais um Dakar com muita regularidade. É um dos mais competitivos pilotos de moto privada e em 2022 não se mostrou diferente ao brigar pelo título dos privados com o norte-americano Mason Klein. Acabou perdendo essa disputa por causa de um estágio ruim, junto de uma punição de 15 minutos, no que acabou fazendo toda a diferença contra o piloto da Slovnaft Rally Team. Svitko apesar do 12ºlugar terminou o Rally Dakar a menos de 1 hora do vencedor. Isso mostrou a imensa competitividade na categoria motos.

Luciano Benavides: O irmão de Kevin Benavides acabou sendo o melhor piloto da Husqvarna, mas muito longe de disputar o título. Na verdade, a marca sueca decepcionou totalmente nessa edição. Primeiro perdeu Pablo Quintanilla que foi para a Honda e acabou contratando um belo piloto, o norte-americano Skyler Howes. Porém, a grande aposta da marca acabou abandonando após um acidente e dai ficou nas mãos de Luciano a missão de liderar a Husqvarna, mas acabou não conseguindo muita coisa na classificação geral, ficando na 13ªposição. O seu melhor momento foi a 2ªposição na 10ªespecial, mas muito pouco para o argentino que já teve resultados entre os 10 primeiros em outras edições do Dakar.

Joaquim Rodrigues: Em uma palavra que define a participação de Joaquim Rodrigues é uma: Superação. Sim, após perder seu cunhado e amigo Paulo Gonçalves. Voltar ao Dakar e conquistar a primeira vitória da história da Hero, pelas suas mãos foi emocionante, principalmente por lembrar do seu amigo que se foi. O Português que foi o primeiro piloto da marca não teve resultados muito consistentes para brigar mais em cima, mas a vitória no 3ºestágio e o 3ºlugar no penúltimo estágio compensou essa irregularidade, levando o português até a 14ªposição.

Xavier De Soultrait: A participação do francês foi bem burocrática, ficou quase sempre entre os Top 20, próximo dos 15 primeiros colocados na geral, mas nada que chamasse a atenção. Tanto é que só conseguiu 1 vez Top 10 em especial (8ºlugar no primeiro estágio do Dakar). Acho até o 15ºlugar muito para o piloto da Husqvarna.

Aaron Hare: Pegou uma missão difícil, acabou substituindo o argentino Franco Caimi que teve uma lesão. O Sul-africano não foi mal não, conseguiu fazer um Dakar decente, até mesmo no começo do evento estava entre os 10 primeiros colocados na geral, mas depois a falta de experiência contou. Hare conseguiu o seu objetivo, chegar ao final do Dakar e ainda por cima chegou muito bem colocado na soma dos tempos.

Daniel Nosiglia: De volta após a ausência em 2021, o principal piloto boliviano fez um Dakar muito bom… Logico que dentro da limitação da moto que ele teve nas mãos. A Rieju, em seu segundo ano aumentou sua equipe e confiou em Nosiglia uma das suas motos, no que se mostrou acertada a escolha do piloto. Sem nenhum top 10, seu melhor desempenho foi o 13ºlugar na penúltima especial, Nosiglia foi o melhor piloto da nova marca, ficando entre os Top 20 com sucesso.

Maciej Giemza: Um dos melhores pilotos de equipe privada do Dakar 2022. Sempre evoluindo na classificação geral e sempre com desempenhos decentes nas especiais. Os seus principais desempenhos foram nos estágios 9, 10 e 11. O polonês conquistou seus melhores resultados, com dois resultados no Top 10 e uma 12ªposição no 11ºestágio. Principalmente no estágio 9, foi quando Giemza ficou nas primeiras posições durante todo aquele dia. Mesmo com ao 18ªposição na soma dos tempos, Giemza foi bem melhor que os pilotos oficiais da Husqvarna, mesmo com uma moto privada da Orlen Team.

Camille Chapeliere: Não chamou muito a atenção pelos resultados (apenas um Top 20 em 2022), mas a consistência do piloto da Team Baines Rally ajudou muito para obter bom resultado.

Juan Pedrero García: Uma das lendas do Dakar, o espanhol não precisaria mostrar mais nada para demonstrar o seu talento e suas qualidades como piloto. Nesse Dakar de 2022, obteve desempenhos consistentes entre os Top 30 (Conseguindo um Top 20, com o 19ºlugar na segunda especial). Completou o Dakar em uma digna 20ªposição e ajudando a Rieju a colocar 2 motos da marca entre os 20 primeiros colocados.

Antonio Maio: O português da Yamaha fez um trabalho bem decente, até se destacando em alguns momentos. Maio conseguiu 5 vezes chegar entre os Top 20 nas especiais e evoluiu 6 posições (Na Soma dos tempos) em relação ao ano passado, completando na 21ªposição.

Romain Dumontier: O francês de 33 anos estava fazendo uma estreia sem chamar muita a atenção. Até que no penúltimo estágio, Dumontier consegue uma incrível 8ªposição. Foi sem dúvida seu melhor momento na sua estreia. Se voltar ano que vem, esperamos que o francês possa ter condições de disputar posições mais a frente.

Jan Brabec: O piloto tcheco não teve muito destaque, mas teve sua melhor atuação, com, 3 especiais entre os 20 primeiros e foi o dono de uma belíssima imagem em uma das primeiras especiais do Dakar 2022.

Rui Gonçalves: O jovem piloto da Sherco foi para seu segundo ano e alternou atuações lindíssimas como a 4ªespecial, em uma excelente 3ªposição, ajudando a Sherco TVS a obter um dos melhores dias dele na história. No entanto, teve dias bem ruins, principalmente no 1ºestágio, com uma longínqua 70ªposição. Foram esses altos e baixo que fizeram Rui Gonçalves ficar longe de um bom resultado na soma dos tempos.

Bradley Cox: O Sul-africano mesmo com bons desempenhos acabou ofuscado por Mason Klein, da sua mesma equipe. Cox vinha entre os 20 primeiros na soma dos tempos, até que o resultado do 9ºestágio (84ªlugar) o jogou fora de uma classificação importante e impediu a dobradinha de novatos da equipe BAS Dakar (Cox foi o 3ºmelhor novato do Dakar de 2022).

Diego Gamaliel Llanos: Era outro novato que não esperava muito e teve desempenho modesto na primeira metade do Dakar, mas Llanos cresceu na segunda metade do evento e chegou no auge, com o 10ºlugar na última especial. O Argentino fechou o Dakar em uma boa 26ªposição na soma dos tempos.

Konrad Dąbrowski: O polonês fez um Dakar bem discreto e digno, conseguiu melhorar 1 posição em relação ao Dakar de 2021.

Arūnas Gelažninkas: Conquistou o Bicampeonato da Original by Motul, não com um desempenho espetacular, mas mesmo assim foi o suficiente para levar esse título importante para um piloto de moto privada.

Martin Michek: O piloto Tcheco fez um estupendo Dakar em 2021, o piloto da Orion MRG queria repetir esse desempenho ou pelo menos fazer um bom papel. Durante a maior parte do Dakar vinha muito bem, entre os 20 primeiros na soma dos tempos e com 3 especiais entre os 10 primeiros colocados. Porém, Michek viu tudo se perder na penúltima especial, com um resultado bem ruim que o jogou bem mais atrás. Um 36ºlugar muito frustrante para um piloto que esperava chegar nas cabeças em 2022.

Franco Picco: O italiano tem uma história no Dakar, foram 2 vice-campeonatos e muita história. Isso faz Picco não ter que provar mais nada, mas ele teve uma missão no Dakar 2022: Desenvolver a moto da Fantic. Como foi o único piloto da marca, as pretensões eram apenas chegar ao final do Dakar. Missão dada a Picco e cumprida com êxito, mesmo com uma modesta posição 72.

Danilo Petrucci: Vindo direito da MotoGP, Danilo Petrucci passou por uma odisseia para chegar e disputar o Dakar 2022. Acabou sendo roubado, teve Covid 19 o que poderia acabar com seu sonho de Disputar esse Dakar. Sua participação foi confirmada na última hora e o piloto da Tech 3 foi para a luta. Logo na segunda especial, um problema acaba tirando de qualquer disputa por uma boa posição na categoria geral.
Mas Petrucci teve seu grande momento no Dakar, ao vencer a 5ªespecial, numa exibição brilhante. Danilo Petrucci se tornou o primeiro piloto que correu na MotoGP que venceu uma especial no Dakar. Um feito que já marca a sua história no Dakar definitivamente.

Kevin Benavides: O Argentino, vencedor do Dakar de 2021 com a moto da Honda, foi a grande aposta para a KTM recuperar a coroa do Dakar. Porém, não parece ter se casado com a moto austríaca, mesmo disputando as primeiras posições em praticamente todos os estágios e com condições de conquistar o bicampeonato. Kevin não parecia ser o melhor piloto do Dakar e acabou não sendo esse melhor piloto de 2022.

O que acaba com as chances do argentino foi uma desastrosa 123ªposição no 10ºestágio que o jogou para fora da disputa. Ainda assim, seguiu em frente e conquistou sua 1ª e única vitória em uma especial (Na 11ªespecial). Sua campanha acabou sendo de 1 vitória, 2 vezes na segunda posição, mais uma vez na terceira posição. Foram 6 resultados no Top 10, Sem o desastroso 10ºestágio, Kevin teria um resultado entre os Top 10, quem sabe entre os Top 5. Seria muito bem colocado na soma dos tempos, mas não iria vencer o Dakar de 2022.

Harith Noah Koitha Veettil: O piloto indiano vinha em um Dakar bem decente, caminhando um Top 30 na soma dos tempos, mas também acabou perdendo tudo na 10ªespecial, com problemas na sua Moto. Ainda assim, Veettil conseguiu um Top 20 em especiais (na 18ªposição no penúltimo estágio).

Ross Branch: O Botsuano tinha tudo para fazer seu melhor Dakar. Ross vinha indo bem, entre os 10 primeiros colocados. A se destacar uma segunda posição na 5ªespecial. Porém, um acidente acabou com as suas chances no Dakar. Branch abandonou a competição depois da 8ªespecial. Poderia chegar tranquilamente entre os 10 primeiros colocados na soma dos tempos.

Daniel Sanders: Um jovem e rápido piloto australiano. Em 2022, tinha uma grande equipe nas mãos e uma moto rápida para disputar o título do Dakar. O 4ºcolocado do Dakar 2021 era um dos favoritos ao título do Dakar 2022. Na primeira parte do Dakar, 2 vitórias e 3ºcolocado na geral. Estava dando tudo certinho para o Australiano, mas um fortíssimo gravíssimo na 7ªespecial. Um fim prematuro para Sanders, sem o acidente, seria um sério candidato a vitória.

Skyler Howes: O piloto norte-americano era uma das esperanças da Husqvarna no Dakar 2022. Pelos desempenhos muito bons nos primeiros estágios ele seria o único piloto da marca sueca na disputa pelas 10 primeiras posições, nas especiais e na geral. Porém, Howes que ficou na 5ªposição em 2021 (Com uma moto privada) acabou deixando a disputa após a 5ªespecial.

Equipes no Dakar:

Gas Gas: Foi o primeiro Dakar da marca com a direção do grupo KTM e pela primeira vez com uma equipe competitiva para disputar o título. Com 2 pilotos fortes, sendo um campeão e um jovem e potencial campeão do Dakar no futuro.

O Dakar para os dois foi brilhante. Daniel Sanders fez um brilhante trabalho na primeira parte do Rally. Com o abandono do australiano, Sunderland passou a ser o único piloto da marca espanhola. O britânico acabou usando da regularidade para conquistar o título do Dakar 2022. Um grande feito para uma das marcas do Grupo KTM. Foi o primeiro campeonato da marca espanhola na história do Dakar.

Honda: Em busca do tricampeonato seguido, a Honda acabou contratando uma grande recomposição, o chileno Pablo Quintanilla que chegou da equipe Husqvarna. Além de ter no seu plantel, os pilotos Ricky Brabec, campeão de 2020, Jose Ignacio Cornejo e Joan Barreda Bort, um dos maiores vencedores em especial do Dakar.

Os pilotos da marca japonesa fizeram um belo trabalho, principalmente Pablo Quintanilla que lutou até o final pelo título do Dakar. Infelizmente o grande reforço para o Dakar desse ano acabou ficando com o vice-campeonato. Dessa forma, a Honda perdeu a chance e conquistar o tricampeonato.

Os 4 pilotos da Honda completaram o Dakar entre os 10 primeiros colocados. Além do vice-campeonato de Quintanilla tivemos  Joan Barreda Bort na 5ªposição, Jose Ignacio Cornejo em 6º e Ricky Brabec em 7ºlugar. Nada mal para a fábrica de Soichiro Honda, apesar de perder o tri-campeonato.

KTM: Após 19 títulos seguidos, a marca austríaca estava com fome para levar o campeonato de novo, para isso buscou um peso de ouro para tentar a conquista. O argentino Kevin Benavides foi essa peça para tentar esse triunfo. A equipe oficial tinha como pilotos: o austríaco Matthias Walkner e do australiano Toby Price. Além disso, tinha o consistente eslovaco Stefan Svitko e outras motos de equipes privadas. Essas sempre vinha um ou outro piloto para apontar entre os grandes.

Em 2022, a Fábrica austríaca não conseguiu de novo seu objetivo. Kevin Benavides não teve um casamento prefeito com a marca e acabou devendo as expectativas. Já Toby Price deixou a desejar e quase ficou de fora dos Top 10. O único que chegou perto de ser o campeão foi Walkner, chegando na 3ªposição, com quase 7 minutos de atraso para Sanders.

Entre os pilotos privados, Mason Klein e Stefan Svitko foram os melhores e ficaram em boas posições no Dakar. A BAS Dakar revelou Klein como uma boa revelação para ser um futuro piloto da equipe oficial. A KTM também levou o título da Original by Motul com Arūnas Gelažninkas (bi-campeão). Apesar de tudo, o saldo do Dakar 2022 ainda foi bem positivo para a marca austríaca.

Yamaha: A Yamaha precisava de uma grande recuperação, devido aos patéticos resultados em 2021. Para isso, a marca manteve o francês Adrien Van Beveren como o principal piloto da fábrica. O norte-americano Andrew Short, o Português Antonio Maio e o Botsuano Ross Branch eram o esquadrão para devolver a marca aos primeiros lugares.

Missão essa que acabou sendo bem sucedida, Quase com o campeonato para Van Beveren que estava na liderança da soma dos tempos até o finalzinho, mas o francês acabou perdendo tempo nas 2 últimas especiais e a Yamaha perdeu um pódio encaminhado. Andrew Short acabou a soma dos tempos entre os Top 10. Maio melhorou sua posição em relação ao ano passado.

Foram 2 motos entre os 10 primeiros colocados, mas poderiam ter sido 3 motos da fábrica, caso Ross Branch não tivesse tido problemas e não tivesse abandonado o Rally. Redimiram-se bem, mas faltou um pouco mais para levarem o caneco.

Sherco TVS: A Marca franco-espanhola que teve um desempenho histórico em 2021 queria melhorar essa marca para 2022. Apesar de apenas 3 motos na disputa, os três pilotos mostravam que poderiam incomodar. Principalmente o espanhol Lorenzo Santolino, 6ºcolocado em 2021.

Apesar de boas especiais e principalmente um grande resultado em uma delas (Onde colocou Rui Gonçalves e Santolino na 3ª e 4ªposições) que acabou sendo uma dos melhores dias da Sherco no Dakar. Infelizmente, os resultados de 2021 não se repetiram. Uma punição tirou o certo Top 10 de Santolino. Rui Gonçalves e principalmente o indiano Harith Noah Koitha Veettil tiveram problemas que impossibilitaram os dois de obterem melhores resultados. Uma pena, pois desempenho, os três pilotos e a equipe mostraram em 2022.

Hero: A Fábrica indiana teve seu plantel reduzido para 2022, com apenas 2 motos no grid. Sendo que um dos pilotos titulares e uma aposta da fábrica para esse ano, Franco Caimi não pode disputar o Dakar por causa de lesão. O substituto da equipe foi o sul-africano Aaron Hare, um estreante que seria companheiro de equipe de Joaquim Gonçalves, o principal piloto da fábrica. O alemão Sebastian Buhler também ficou de fora, por causa fraturas no fémur e no pulso.

Há de se falar, apesar do resultado final não mostrar grandes desempenhos, a Hero tem motivos para comemorar. Nas mãos de Joaquim Rodrigues, a marca conquistou a primeira vitória em uma especial. Como são as coisas, dois anos atrás, a equipe lamentava a morte de Paulo Gonçalves. Dois anos depois, através do seu cunhado, eles venceram pela primeira vez. Tanto Joaquim como Hare conseguiram manter a Hero entre os 20 primeiros colocados, um resultado bom. Além disso, uma boa estreia para Hare, o sul-africano mostra ter um futuro promissor.

Husqvarna: A maior decepção do Dakar 2022 fica para a marca sueca que deu uma bela investida no norte-americano Skyler Howes para pilotar uma das suas motos. Esse investimento estava na cara que daria certo. Howes foi o único da fábrica que iria disputar o título, mas acabou deixando o Rally no 5ºestágio.

A partir dai, a Husqvarna foi uma coadjuvante na disputa,  com alguns lampejos de bons resultados com o argentino Luciano Benavides, o melhor colocado na soma dos tempos, na 13ªposição. 2 posições atrás, ficou o francês Xavier de Soultrait, em uma apresentação totalmente apagada e sem destaque algum. A única notícia boa foi o ótimo trabalho de Maciej Giemza, levando a Husqvarna privada da Orlen a 17ªposição, com desempenho bem superior aos pilotos oficiais da fábrica.

Foi um ano para os suecos esquecerem, agora é pensar na volta por cima em 2023.

Rieju: A marca não tinha grandes pretensões para esse Dakar, é mais um braço do Grupo KTM, mas ainda tem um longo caminho para andar no caminho das vitórias. Daniel Nosiglia e Joan Pedrero Garcia eram os dois principais nomes da equipe para o Rally desse ano e ambos conquistaram os melhores resultados da fábrica e ficaram entre os 20 primeiros colocados.

Além disso, tiveram o chileno Patricio Cabrera e o espanhol Marc Calmet como pilotos da marca, mas em posições bem mais modestas.

Texto: Deivison da Conceição da Silva
Fotos: Dakar

Dakar 2022 – Stage 12 – Bisha até Jeddah – Caminhões

A Kamaz conseguiu os 100% de vitórias no Dakar 2022. Com vitória do campeão do Dakar 2022, Dmitry Sotnikov. Porém, foi nessa especial que a Kamaz ficou mais perto de perder a invencibilidade, pois o tcheco Martin Macik ficou na segunda posição com seu Iveco, apenas 32 segundos atrás do russo. O chileno Ignacio Casale acabou na terceira posição com seu caminhão da Tarta.

Eduard Nikolaev acabou em 4ºlugar na especial e acabou levando o vice-campeonato na soma dos tempos. Anton Shibalov e Andrey Karginov completaram o Quarteto da Kamaz (na soma dos tempos) que fez um feito histórico em conquistar 100% das vitórias em especiais numa edição do Dakar. Os holandeses Janus van Kasteren e Martin van Den Brick foram os melhores pilotos entre os mortais.

Resultado final do 12ºestágio do Dakar 2022 – Bisha até Jeddah – 164 km
Caminhões:

pos número Piloto/copiloto/mecânico País Caminhão/Equipe tempo diferença penalização
1 500 Dmitry Sotnikov Rússia Kamaz 43509 01H 42′ 41”
Ruslan Akhmadeev Rússia Kamaz-Master
Ilgiz Akhmetzianov Rússia
2 503 Martin Macik Rep.Tcheca Iveco PowerStar 01H 43′ 13” + 00H 00′ 32”
Frantisek Tomasek Rep.Tcheca Big Shock Racing
David Svanda Rep.Tcheca
3 511 Ignacio Casale Chile Tatra Phoenix 01H 43′ 42” + 00H 01′ 01”
Alvaro Leon Chile Buggyra Racing Team
Tomas Sikola Rep.Tcheca
4 505 Eduard Nikolaev Rússia Kamaz 43509 01H 44′ 21” + 00H 01′ 40”
Evgenii Iakovlev Rússia Kamaz-Master
Vladimir Rybakov Rússia
5 509 Andrey Karginov Rússia Kamaz 43509 01H 45′ 02” + 00H 02′ 21”
Andrey Mokeev Rússia Kamaz-Master
Ivan Malkov Rússia
6 515 Victor Willem Corne Versteijein Holanda Iveco PowerStar 01H 48′ 05” + 00H 05′ 24”
Teun van Dal Holanda Mammoet Rallysport Team De Rooy Iveco
Randy Smits Holanda
7 501 Anton Shibalov Rússia Kamaz 43509 01H 49′ 02” + 00H 06′ 21”
Dmitrii Nikitin Rússia Kamaz-Master
Ivan Tatarinov Rússia
8 508 Ales Loprais Rep.Tcheca Praga V4S DKR 01H 49′ 51” + 00H 07′ 10”
Petr Pokora Rep.Tcheca Instaforex Loprais Praga
Jaroslav Valtr Rep.Tcheca
9 506 Martin Van Den Brink Holanda Iveco PowerStar 01H 50′ 00” + 00H 07′ 19” 00H 02′ 00”
Peter Willemsen Bélgica Mammoet Rallysport Team De Rooy Iveco
Bernard Der Kinderen Holanda
10 524 Mitchel Van Den Brink Holanda Iveco PowerStar 01H 51′ 30” + 00H 08′ 49”
Rijk Mouw Holanda Petronas Team De Rooy Iveco
Bert Donkelaar Holanda
11 518 Pascal De Baar Holanda Renault K520 01H 53′ 23” + 00H 10′ 42”
Jan Van Der Vaet Bélgica Riwald Dakar Team
Stefan Slootjes Holanda
12 530 Ben Van De Laar Holanda Iveco 4×4 DRNL 01H 55′ 09” + 00H 12′ 28”
Jan Van De Laar Holanda Fried Van De Laar Racing
Simon Stubbs Inglaterra

Texto: Deivison da Conceição da Silva
Fotos: Dakar